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Blue chips e bancos levantam Ibovespa

Índice fechou em queda na véspera, com todas as atenções voltadas para a decisão de política monetária do Fed


	Bovespa: às 10h57, o Ibovespa tinha variação positiva de 0,76 por cento, a 50.468 pontos. O giro financeiro do pregão era de quase 530 milhões de reais
 (Bloomberg News/Paulo Fidman)

Bovespa: às 10h57, o Ibovespa tinha variação positiva de 0,76 por cento, a 50.468 pontos. O giro financeiro do pregão era de quase 530 milhões de reais (Bloomberg News/Paulo Fidman)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2013 às 10h14.

São Paulo - O principal índice da Bovespa era levantado por blue chips e ações de bancos no início desta quarta-feira, depois de fechar em queda na véspera, com todas as atenções voltadas para a decisão de política monetária do Federal Reserve às 17h no horário de Brasília.

Às 10h57, o Ibovespa tinha variação positiva de 0,76 por cento, a 50.468 pontos. O giro financeiro do pregão era de quase 530 milhões de reais.

"Nada pode ser dito antes das 17h, qualquer movimento que ocorra tende a ser de curta duração ou com menor volume. Por mais que saiam dados do mercado imobiliário dos Estados Unidos hoje, a possibilidade de que façam preço é bem restrita", disse o economista Gustavo Mendonça, da Saga Capital.

O Fed vem injetando mensalmente 85 bilhões de dólares para estimular a economia dos EUA, o que tem ajudado a sustentar os fluxos de capitais para mercados emergentes como o Brasil. O mercado aguarda o início do corte ou uma indicação mais clara sobre quando os estímulos começarão a ser reduzidos.

Na bolsa paulista, as blue chips Petrobras e Vale e papéis do setor financeiro e de siderurgia eram as maiores influências positivas sobre o Ibovespa.

Das 72 ações que integram o índice, somente três recuavam.

Depois de fechar terça-feira com a maior valorização do Ibovespa, em alta de 4,45 por cento, Eletropaulo era novamente destaque de alta.


Na véspera, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reconheceu parcialmente recurso da empresa sobre o terceiro ciclo de revisão tarifária, que permite elevação na base de remuneração líquida da companhia.

O órgão regulador também determinou que a distribuidora de energia devolva 626 milhões de reais a consumidores, relacionados a valores que teriam sido pagos a mais, após a Aneel verificar a inexistência de cabos de energia que tinham sido contabilizados na base de remuneração da companhia.

"Como boa parte do mercado já colocava na conta o caso dos cabos, mas não esperava a revisão da base de remuneração), o papel acabou 'outperformando' (subindo bem) ontem", afirmaram analistas do BTG Pactual em nota.

As ações da Braskem também subiam, após a produtora de resinas plásticas ter anunciado a compra da produtora de PVC e soda Solvay Indupa. O negócio, estimado em quase 300 milhões de dólares e antecipado pela Reuters, reforça a posição da Braskem no mercado de vinílicos no Brasil e na Argentina.

Na outra ponta, BM&FBovespa caía cerca de 1 por cento. A operadora da bolsa paulista elevou sua previsão de investimentos em 2014 para a faixa entre 230 milhões e 260 milhões de reais.

"Devido à elevação inesperada (dos investimentos da BM&FBovespa)... o anúncio pode gerar desconforto. Vale lembrar que a empresa tem apresentado desempenho abaixo das expectativas, em função de fatores como volumes de negociação baixos e evolução expressiva das despesas com pessoal/processamento de dados", afirmou a XP Investimentos em relatório assinado pelo analista William Castro Alves.

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