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Bilionários vão apostar nestes três investimentos para aumentar fortuna em 2025

Relatório aponta investimentos em imóveis, títulos de mercados desenvolvidos e metais preciosos como foco dos bilionários em 2025.

Bilionários planejam investir fortemente em setores estratégicos, como imóveis e metais preciosos, para manter o crescimento de suas fortunas. ( SimpleImages/Getty Images)
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 6 de dezembro de 2024 às 12h49.

Os bilionários têm se destacado como mestres da acumulação de riqueza, especialmente na última década.De acordo com o relatório anual UBS Billionaire Ambitions, divulgado recentemente, a riqueza coletiva dos bilionários cresceu 121% entre 2015 e 2024, atingindo impressionantes US$ 14 trilhões (cerca de R$ 85 trilhões). Em comparação, o índice MSCI AC World, que mede o crescimento de mercados desenvolvidos, apresentou um ganho de 73% no mesmo período.

De acordo com a Fortune, o relatório, baseado em respostas de 2.682 bilionários, revela não apenas o volume de riqueza acumulada, mas também onde essas fortunas serão investidas em 2025.

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Jennifer Gabrielli, chefe do grupo de soluções para ultra-ricos da UBS e responsável pela elaboração do relatório, destaca a conexão dos bilionários com setores que conhecem profundamente. "Eles investem em áreas onde sentem que possuem uma vantagem específica, muitas vezes em setores em que atuam há décadas ou gerações", afirma.

O relatório aponta três setores principais que receberão investimentos expressivos dos bilionários no próximo ano:

1. Imóveis

O setor imobiliário é, de longe, o principal foco dos bilionários.Apesar de uma tendência entre famílias abastadas de vender imóveis comerciais e da desconfiança em relação a fundos de investimento imobiliário públicos, o relatório mostra que 19% dos bilionários planejam aumentar "significativamente" sua exposição ao mercado imobiliário.

Por região, 33% dos bilionários pretendem investir em imóveis nas Américas, 27% na Ásia-Pacífico e 10% na Europa, Oriente Médio e África. Esse interesse reflete a percepção de que o setor ainda oferece oportunidades sólidas, mesmo em um contexto de incertezas econômicas.

2. Títulos e ações de mercados desenvolvidos

Outro setor de interesse são os títulos de dívida e as ações de mercados desenvolvidos.O relatório aponta que 9% dos respondentes planejam aumentar "significativamente" sua exposição a títulos, enquanto 26% pretendem incrementar essa exposição de forma mais moderada. Apenas 1% indicou intenção de reduzir seus investimentos nessa área.

Em relação às ações, 42% dos bilionários planejam investir em mercados financeiros desenvolvidos, destacando a confiança na estabilidade e previsibilidade dessas economias em um cenário global instável.

3. Ouro e metais preciosos

A terceira área de interesse são os metais preciosos, tradicionalmente vistos como uma proteção contra instabilidades.Cerca de 7% dos bilionários afirmaram que aumentarão significativamente sua exposição a esses ativos, enquanto 33% pretendem investir de forma mais moderada.

O interesse em ouro e outros metais preciosos reflete preocupações com riscos geopolíticos e a volatilidade do mercado acionário, de acordo com o relatório. Curiosamente, enquanto muitos bilionários continuam a investir em participações privadas diretas (38%), 20% planejam reduzir suas exposições nesse setor.

A riqueza que vem de família

Além das estratégias de investimento, o relatório destaca o impacto da transferência de riqueza para herdeiros.Nos últimos 10 anos, bilionários multigeracionais herdaram US$ 1,3 trilhão (cerca de R$ 7,87 trilhões), mas a expectativa é que esse número cresça para US$ 6,3 trilhões (cerca de  R$ 38,14 trilhões)  nos próximos 15 anos. Esse aumento supera as previsões feitas em 2023, devido ao envelhecimento de mais bilionários (acima de 70 anos) e ao aumento dos valores patrimoniais.

A influência dos bilionários no mercado global

O relatório UBS Billionaire Ambitions ressalta como as estratégias de investimento dos bilionários moldam mercados e geram tendências. Com foco em setores tradicionais, como imóveis e títulos, e em ativos de proteção, como metais preciosos, os ultra-ricos demonstram resiliência e adaptabilidade diante de um cenário global repleto de desafios. Para investidores atentos, as escolhas desses gigantes financeiros oferecem insights valiosos sobre onde alocar recursos no próximo ano.

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