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Juros realmente mais baixos?

Nesta segunda-feira passam a valer no Banco do Brasil e no Bradesco juros mais baixos em produtos como o rotativo do cartão de crédito, desconto de cheques, empréstimos e financiamentos. No Santander, a redução de taxas em alguns serviços começou a valer na última sexta-feira 13. Ao longo desta semana, outros bancos do país devem […]

BRADESCO: banco apresentou alta de 13% no lucro do primeiro trimestre / Omar Paixão
DR

Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2017 às 19h22.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h23.

Nesta segunda-feira passam a valer no Banco do Brasil e no Bradesco juros mais baixos em produtos como o rotativo do cartão de crédito, desconto de cheques, empréstimos e financiamentos. No Santander, a redução de taxas em alguns serviços começou a valer na última sexta-feira 13. Ao longo desta semana, outros bancos do país devem anunciar reajustes para baixo.

O anúncio da queda nos juros foi explicado por muito como um reflexo da redução da Selic pelo Banco Central, mas a verdade é que dificilmente ela viriam sem a pressão feita pelo Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. No dia 21 de dezembro, Meirelles foi bem direto: deu um prazo de 30 dias para que os bancos baixassem juros. Caso isso não aconteça, disse o ministro na época, o Conselho Monetário Nacional entraria em ação para mudar o prazo que as administradoras de cartões têm para repassar o valor das compras aos lojistas de 30 para apenas dois dias. O Conselho Monetário Nacional tem reunião marcada para o dia 26.

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Os primeiros bancos que anunciaram um corte de juros foram justamente os que têm uma ligação mais direta com essa nova regra. O Banco do Brasil e o Bradesco são os principais acionistas da processadora de pagamentos Cielo, enquanto o Santander é dono da concorrente GetNet. As companhias teriam um grande impacto em seus lucros caso o prazo para pagar lojistas diminuíssem.

“Os outros bancos devem anunciar redução dos juros para competir com essas quedas. Mas não vai ser de forma integral, como quer o governo”, afirma o economista João Augusto Salles, da consultoria Lopes Filho.

Um governo que tenta interferir em seus ganhos não é novidade para os banqueiros do país. Em 2012, a então presidente Dilma Rousseff reduziu juros de bancos públicos. Com a pressão, os principais bancos do país chegaram a reduzir as taxas, mas quando a demanda por crédito voltou, eles voltaram a subir os juros. A ver se a história se repete.

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