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Bancos e Vale têm forte queda e derrubam Ibovespa

Após várias quebras de recorde em outubro, Ibovespa fecha mês em alta de 2,36%, acima dos 107 mil pontos

Bolsa volta a cair após (Paulo Whitaker/Reuters)

Bolsa volta a cair após (Paulo Whitaker/Reuters)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 31 de outubro de 2019 às 18h11.

Última atualização em 31 de outubro de 2019 às 18h34.

Após o recorde sessão passada, o Ibovespa recuou 1,1%, nesta quinta-feira (31) e fechou em 107.219,83 pontos. A queda foi impulsionada, principalmente, pelas ações da Vale e dos grandes bancos. No mês, o índice subiu 2,36%, impulsionado por fatores positivos para o mercado como a aprovação da reforma da Previdência e o avanço das negociações entre China e Estados Unidos.

Entre as instituições financeiras, o Bradesco liderou as perdas, recuando 4,09% na Bolsa. Antes da abertura do pregão, o banco divulgou o resultado do terceiro trimestre, que não agradou os investidores. Para as equipes de analistas da XP e Guide Investimentos, o lucro líquido veio em linha com o esperado, mas alguns fatores, como aumento das despesas com funcionários e dificuldade de expansão na receita de serviços decepcionaram.

A Bradespar, holding do Bradesco, também teve sessão de queda e fechou em baixa de 2,83%.

Em dia ruim para os bancos, o Itaú, Santander e Banco do Brasil se desvalorizaram 1,24%, 2,97% e 2,57%, respectivamente.

As ações da Vale caíram 2,86% depois de a empresa elevar o nível de emergência da barragem Forquilha IV, localizada em Ouro Preto. O aviso não requer a evacuação dos moradores da área, mas ativa o estado de alerta na região.

A maior queda do Ibovespa, porém, foram dos papéis da Gol. O presidente da companhia aérea afirmou, hoje, que o Boeing 737 Max irá voltar a ser usado em dezembro. No ano passado, o modelo se envolveu em dois acidentes e o próprio CEO da Boeing admitiu “erros” da companhia no desenvolvimento da aeronave.

No setor de varejo, as Lojas Americanas divulgaram o balanço do terceiro trimestre na noite de ontem (30) e, embora tenha registrado lucro 54,5% superior ao do mesmo período do ano passado, o resultado veio abaixo das expectativas.

No período, a varejista teve lucro líquido de 48,2 milhões de reais, enquanto o mercado projetava 61 milhões de reais. Os papéis das Lojas Americanas fecharam em baixa de 3,2% A queda foi ainda mais acentuada nas ações da rede de lojas digitais da varejista, a B2W, que teve prejuízo de 107,8 milhões de reais no período. As ações da companhia recuaram 4,02%

Apesar da depreciação dos papéis, a Guide interpreta o balanço da B2W como positivo devido ao crescimento “robusto” em seu marketplace. A casa também aposta que o recente aumento de capital realizado pelos controladores deve reduzir o endividamento da companhia nos próximos meses.

A Odontoprev também não teve um dia bom na Bolsa e viu suas ações recuarem 4,33%. A empresa, que também divulgou resultado trimestral após o pregão anterior, registrou um lucro líquido 17,9% abaixo do mesmo período do ano passado.

Na outra ponta, as ações preferenciais da Petrobras subiram 1,03% e amorteceram a queda do Ibovespa. Os papéis da petrolífera vêm subindo desde a divulgação do balanço, na última semana, que surpreendeu positivamente os investidores.

As ações da Magazine Luiza também continuam sentindo o efeito da boa repercussão do balanço trimestral. Desde a apresentação do resultado trimestral, na noite de terça-feira (29), seus papeis já se valorizaram 8,48%. Hoje, a valorização foi de 1,41%. Ao longo do dia, o ativo operou em baixa após a varejista anunciar que prepara uma oferta de 90 milhões de ações. A empresa pretende usar o dinheiro das vendas em investimentos de longo prazo.

O dólar fechou em alta de 0,547% e fechou o dia sendo negociado a 4 reais. No mês, a moeda americana se desvalorizou 3,5% frente ao real.

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