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Banco Pan pode vencer a corrida de bancos digitais no Brasil, diz Itaú BBA

Analistas reforçam que correção recente nos papéis é bom ponto de entrada para compra

Para Itaú BBA, Banco Pan tem diferenciais estratégicos que colocam a empresa à frente da concorrência | Foto: Banco Pan/Divulgação (Banco Pan/Divulgação/Divulgação)
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Beatriz Quesada

Publicado em 18 de agosto de 2021 às 16h21.

As ações do Banco Pan (BPAN4)estão caminhando para fechar o segundo mês consecutivo no vermelho – os papéis já recuam 23,4% desde o início de julho. Assim como outras empresas com forte atuação em tecnologia, os papéis do Pan estão sendo prejudicados por dois fatores: aumento na taxa Selic e temores de desaceleração da retomada econômica.

De um lado, as taxas de juros mais altas encarecem os empréstimos e podem afetar o caixa de empresas com foco em crescimento acelerado. Por outro, o avanço da variante delta afasta os investidores de opções mais arriscadas, levando os investidores a uma rotação de portfólio na direção de setores mais consolidados na bolsa.

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O Banco Pan, no entanto, possui diferenciais que podem ser estratégicos nesse cenário. “O Pan já é amplamente lucrativo, e os empreendimentos de banco digital são totalmente financiados pelo negócio tradicional. O banco também se beneficia do balanço de seu controlador, o BTG Pactual”, apontam os analistas do Itaú BBA em relatório divulgado nesta quarta-feira, 18.

A expectativa do BBA é de que o Pan saia fortalecido dessa rodada de análise, com a correção do mercado oferecendo um bom ponto de entrada para a compra da ação. O preço-alvo para os papéis da empresa é de 27 reais por ação, o que representa um potencial de valorização (upside) de 43%.

“O Pan tem todas as ferramentas para ser o vencedor na corrida bancária digital no Brasil, e nós incorporamos isso em nossa avaliação”, dizem os analistas.

Com o país se tornando uma nação multi-bancarizada, a expectativa do Itaú BBA é de que a maior fatia de lucros dos bancos digitais fique no setor de crédito. “Para um banco digital, esse movimento exige expertise e financiamento competitivo, e o Pan tem ambos, tanto pela experiência em crédito para varejo no negócio tradicional quanto por ser propriedade do BTG”, destacam.

O relatório reforça que os investidores estão com mais apetite para histórias de crescimento que não dependem de capital externo para dar sequência à trajetória de expansão. Porém, o BBA não espera que o segmento digital impulsione os resultados gerais do banco nos próximos um ou dois anos. A expectativa é de que o Pan reinvista os ganhos em seus clientes e produtos, aumentando os lucros a médio e longo prazo.

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