B2W começa a se levantar na bolsa. Agora vai?
Papéis disparam após apresentar um crescimento acima do esperado nas receitas
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2012 às 15h21.
São Paulo – As ações da B2W , a empresa de negócios online da Lojas Americanas, têm sido um mico na bolsa há algum tempo. Em três anos, por exemplo, os papéis ( BTOW3 ) acumulam uma desvalorização de quase 80%. Problemas de logística e a consequente perda de clientes para novos concorrentes deprimiram os resultados e os acionistas da companhia.
Mas apesar da descrença dos clientes e do mercado a controladora da companhia demostrou sua confiança em uma reviravolta e passou a comprar ações da administradora dos sites Submarino, Shoptime.com e Americanas.com. O investimento parece ter sido acertado. Desde o dia 20 de setembro a direção na bolsa mudou e a alta chega a 10%, enquanto o Ibovespa derrapou 8%.
A receita líquida da empresa saltou 17% entre julho e setembro em relação ao ano passado, para 1,2 bilhão de reais e surpreendeu o mercado. O lucro ainda não veio e o prejuízo cresceu 19% e alcançou 45 milhões de reais.
“Os resultados do terceiro trimestre da B2W trouxeram uma surpresa com o sólido crescimento da receita, de 17% na passagem anual, depois de vários trimestres de aumentos muito baixos ou resultados negativos. Isso pode indicar que a B2W pode finalmente ter conseguido se reequilibrar”, ressalta a analista Manisha Chaudhry, do HSBC, em relatório.
Outro ponto bastante festejado pela administração da B2W foi a vertiginosa queda nos índices de reclamações. As queixas enviadas ao Procon de São Paulo, por exemplo, caíram pela metade.
Ações
A melhora operacional motivou uma revisão das projeções de alguns analistas. Manisha, do HSBC, dobrou o preço-alvo para 8 reais. A recomendação foi mantida em alocação abaixo da média. O Bank of America Merrill Lynch elevou a indicação aos papéis de desempenho inferior à média para neutra. O preço-alvo foi reiterado em 12 reais.
“Apesar de as dinâmicas competitivas continuarem desafiadoras, a B2W parece estar dobrando a esquina, com os níveis de serviço melhorando e as vendas se acelerando”, ressaltam os analistas Robert Ford, Melissa Byun e Marcelo Santos.
A visão mais otimista em relação à varejista online, contudo, ainda não é um consenso. O Itaú BBA ainda torce o nariz para a empresa. “Embora os resultados tenham confirmado a nossa expectativa quanto a uma recuperação nas vendas B2W em relação a seu nível mínimo, o desempenho das margens foi decepcionante”, ressaltam Juliana Rozenbaum e Vitor Paschoal, analistas do banco.
São Paulo – As ações da B2W , a empresa de negócios online da Lojas Americanas, têm sido um mico na bolsa há algum tempo. Em três anos, por exemplo, os papéis ( BTOW3 ) acumulam uma desvalorização de quase 80%. Problemas de logística e a consequente perda de clientes para novos concorrentes deprimiram os resultados e os acionistas da companhia.
Mas apesar da descrença dos clientes e do mercado a controladora da companhia demostrou sua confiança em uma reviravolta e passou a comprar ações da administradora dos sites Submarino, Shoptime.com e Americanas.com. O investimento parece ter sido acertado. Desde o dia 20 de setembro a direção na bolsa mudou e a alta chega a 10%, enquanto o Ibovespa derrapou 8%.
A receita líquida da empresa saltou 17% entre julho e setembro em relação ao ano passado, para 1,2 bilhão de reais e surpreendeu o mercado. O lucro ainda não veio e o prejuízo cresceu 19% e alcançou 45 milhões de reais.
“Os resultados do terceiro trimestre da B2W trouxeram uma surpresa com o sólido crescimento da receita, de 17% na passagem anual, depois de vários trimestres de aumentos muito baixos ou resultados negativos. Isso pode indicar que a B2W pode finalmente ter conseguido se reequilibrar”, ressalta a analista Manisha Chaudhry, do HSBC, em relatório.
Outro ponto bastante festejado pela administração da B2W foi a vertiginosa queda nos índices de reclamações. As queixas enviadas ao Procon de São Paulo, por exemplo, caíram pela metade.
Ações
A melhora operacional motivou uma revisão das projeções de alguns analistas. Manisha, do HSBC, dobrou o preço-alvo para 8 reais. A recomendação foi mantida em alocação abaixo da média. O Bank of America Merrill Lynch elevou a indicação aos papéis de desempenho inferior à média para neutra. O preço-alvo foi reiterado em 12 reais.
“Apesar de as dinâmicas competitivas continuarem desafiadoras, a B2W parece estar dobrando a esquina, com os níveis de serviço melhorando e as vendas se acelerando”, ressaltam os analistas Robert Ford, Melissa Byun e Marcelo Santos.
A visão mais otimista em relação à varejista online, contudo, ainda não é um consenso. O Itaú BBA ainda torce o nariz para a empresa. “Embora os resultados tenham confirmado a nossa expectativa quanto a uma recuperação nas vendas B2W em relação a seu nível mínimo, o desempenho das margens foi decepcionante”, ressaltam Juliana Rozenbaum e Vitor Paschoal, analistas do banco.