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Zuckerberg tem medo dos investidores de Wall Street?

O co-fundador e presidente-executivo da maior rede social do mundo não foi ao primeiro encontro com analistas e investidores na semana passada

Mark Zuckerberg deixou a situação clara ao faltar ao primeiro grande briefing do Facebook para analistas e executivos financeiros, na semana passada (Scott Olson/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de março de 2012 às 11h16.

São Francisco - Mark Zuckerberg quer pelo menos 5 bilhões de dólares de investidores de Wall Street, mas esses investidores não terão muito tempo com ele em troca disso.

O co-fundador e presidente-executivo da empresa deixou a situação clara ao faltar ao primeiro grande briefing do Facebook para analistas e executivos financeiros, na semana passada. A reunião foi a primeira de muitas que acontecerão no período preparatório de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inlgês) que deve avaliar a empresa em perto de 100 bilhões de dólares.

O desinteresse de Zuckerberg não é raro entre a elite das companhias do Vale do Silício, mas pode se tornar problema junto aos investidores devido ao imenso controle que ele exerce sobre o Facebook por meio de ações especiais.

"Não achamos que ele deva se esconder dos investidores", disse Carin Zelenko, diretora do departamento de estratégias de capital do International Brotherhood of Teamsters, sindicato cujos fundos de pensão e benefícios têm mais de 100 bilhões de dólares investidos nos mercados de capital.

"Ele quer que os investidores lhe confiem seu dinheiro, e que confiem nele, pessoalmente, como o homem que criou a empresa e vai liderá-la e controlá-la. Por isso, deveria prestar contas às pessoas que estão investindo", acrescentou.

De acordo com Zelenko, o sindicato enviará uma carta aos administradores dos diversos fundos do Teamster acautelando-os quanto ao risco em longo prazo de investir no Facebook, em função da estrutura de governança corporativa "antinvestidor" que a companhia adotou.

Duas pessoas que participaram da reunião do Facebook em 19 de março comentaram a ausência do jovem presidente e disseram que a expectativa era a de que ele, no mínimo, marcasse presença no evento.


Um analista perguntou se Zuckerberg estaria mais envolvido no futuro. A resposta da empresa foi a de que a expectativa quanto a isso deveria ser baixa, de acordo com uma fonte que participou da reunião.

"Os investidores são loucos se pretendem se envolver com uma empresa na qual o cara encarregado nem mesmo finge ligar para o resto dos acionistas", disse Greg Taxin, da Spotlight Advisors, uma firma ativista de investimento que não planeja comprar ações do Facebook. "Parece uma receita para o desastre".

Zuckerberg não chega a ser recluso. Ele falar regularmente em eventos para revelar novos produtos e participa de entrevistas à imprensa. Mas ele tem sido menos impressionante em algumas de suas aparições mais recentes, à medida que seu carisma será mais importante na trajetória de ascensão do Facebook.

Mas Zuckerberg tem o apoio de uma experiente equipe executiva, incluindo a vice-presidente operacional Sheryl Sandberg. Ex-executiva do Google, Sheryl tem um estilo público polido e conhece bem as questões financeiras. Muitos esperam que ela se torne o rosto do Facebook junto aos investidores, quando a empresa abrir o capital.

Isso parece confortar algumas pessoas em Wall Street.

"Eu sempre gostaria de ter acesso ao CEO (presidente-executivo), mas o melhor uso de seu tempo é administrar a companhia", disse Dan Niles, executivo-chefe de investimentos da AlphaOne Capital Partners. "Eu me preocuparia com o CEO que gasta muito tempo falando com Wall Street e com a imprensa".

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São Francisco - Mark Zuckerberg quer pelo menos 5 bilhões de dólares de investidores de Wall Street, mas esses investidores não terão muito tempo com ele em troca disso.

O co-fundador e presidente-executivo da empresa deixou a situação clara ao faltar ao primeiro grande briefing do Facebook para analistas e executivos financeiros, na semana passada. A reunião foi a primeira de muitas que acontecerão no período preparatório de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inlgês) que deve avaliar a empresa em perto de 100 bilhões de dólares.

O desinteresse de Zuckerberg não é raro entre a elite das companhias do Vale do Silício, mas pode se tornar problema junto aos investidores devido ao imenso controle que ele exerce sobre o Facebook por meio de ações especiais.

"Não achamos que ele deva se esconder dos investidores", disse Carin Zelenko, diretora do departamento de estratégias de capital do International Brotherhood of Teamsters, sindicato cujos fundos de pensão e benefícios têm mais de 100 bilhões de dólares investidos nos mercados de capital.

"Ele quer que os investidores lhe confiem seu dinheiro, e que confiem nele, pessoalmente, como o homem que criou a empresa e vai liderá-la e controlá-la. Por isso, deveria prestar contas às pessoas que estão investindo", acrescentou.

De acordo com Zelenko, o sindicato enviará uma carta aos administradores dos diversos fundos do Teamster acautelando-os quanto ao risco em longo prazo de investir no Facebook, em função da estrutura de governança corporativa "antinvestidor" que a companhia adotou.

Duas pessoas que participaram da reunião do Facebook em 19 de março comentaram a ausência do jovem presidente e disseram que a expectativa era a de que ele, no mínimo, marcasse presença no evento.


Um analista perguntou se Zuckerberg estaria mais envolvido no futuro. A resposta da empresa foi a de que a expectativa quanto a isso deveria ser baixa, de acordo com uma fonte que participou da reunião.

"Os investidores são loucos se pretendem se envolver com uma empresa na qual o cara encarregado nem mesmo finge ligar para o resto dos acionistas", disse Greg Taxin, da Spotlight Advisors, uma firma ativista de investimento que não planeja comprar ações do Facebook. "Parece uma receita para o desastre".

Zuckerberg não chega a ser recluso. Ele falar regularmente em eventos para revelar novos produtos e participa de entrevistas à imprensa. Mas ele tem sido menos impressionante em algumas de suas aparições mais recentes, à medida que seu carisma será mais importante na trajetória de ascensão do Facebook.

Mas Zuckerberg tem o apoio de uma experiente equipe executiva, incluindo a vice-presidente operacional Sheryl Sandberg. Ex-executiva do Google, Sheryl tem um estilo público polido e conhece bem as questões financeiras. Muitos esperam que ela se torne o rosto do Facebook junto aos investidores, quando a empresa abrir o capital.

Isso parece confortar algumas pessoas em Wall Street.

"Eu sempre gostaria de ter acesso ao CEO (presidente-executivo), mas o melhor uso de seu tempo é administrar a companhia", disse Dan Niles, executivo-chefe de investimentos da AlphaOne Capital Partners. "Eu me preocuparia com o CEO que gasta muito tempo falando com Wall Street e com a imprensa".

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