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Até onde a Bolsa cai?

Bolsa brasileira vive dias de queda à espera de outros rebaixamentos. A pergunta que fica é: o que acontece após o rebaixamento

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	Bolsa brasileira acumula perdas de mais de 5% em setembro. A boa notícia é que o mercado não espera um tombo muito maior
 (Jin Lee/Bloomberg)

Bolsa brasileira acumula perdas de mais de 5% em setembro. A boa notícia é que o mercado não espera um tombo muito maior (Jin Lee/Bloomberg)

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Letícia Toledo

Publicado em 29 de setembro de 2015 às, 06h28.

São Paulo – O rebaixamento do Brasil pelas outras duas principais agências de classificação de risco, Moody’s e Fitch, é visto como inevitável e esperado para, no máximo, até o fim deste ano, segundo analistas. A pergunta que fica no mercado financeiro é: o quanto a Bovespa vai sofrer com isso.

Em setembro o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, já acumula um tombo de 5,7%. A boa notícia, segundo economistas e analistas consultados por EXAME.com, é que o movimento de baixa observado na bolsa brasileira desde o último dia 9, quando o Brasil foi rebaixado pela Standard & Poor’s, já é um reflexo dessa espera por mais uma perda de grau de investimento.

Assim, quando rebaixamento ocorrer, as coisas não devem mudar muito. "A próxima perda de grau de investimento do Brasil já está precificada. O mercado já precificou isto no momento do rebaixamento pela S&P", explica Leandro Martins, chefe da equipe de análise da corretora Rico. 

Nas visões mais pessimistas, analistas preveem que o Ibovespa caia para os 39 mil pontos, mas o consenso maior é que a pontuação deve se manter acima dos 43 mil. Nesta segunda-feira, o Ibovespa terminou o dia com 43.956 pontos. 

“O movimento de baixa que temos visto deve até se acentuar com o rebaixamento. Mas é importante lembrar que as bolsas do mundo inteiro estão caindo”, afirma Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da TOV corretora.

No ano, o Ibovespa acumula perdas de 12,3%. Para se ter uma ideia de como andam as coisas em outros lugares, o principal índice norte-americano, o Dow Jones Industrial Average, já caiu 9,8% e o principal indicador de Londres, o FTSE 100, acumula uma perda de 9,2% no ano.

Dívidas 

Na visão do economista-chefe da corretora Gradual Investimentos, André Perfeito, o maior problema enfrentado pela bolsa brasileira, é a dívida das empresas, que só cresce com a alta do dólar. “Um novo rebaixamento do Brasil pode piorar a questão das dívidas das empresas”, afirma Perfeito.

De acordo com levantamento feito pela consultoria Economatica, nos últimos 4 meses, com a alta do dólar, a dívida de 109 empresas brasileiras aumentou em 57,6 bilhões de reais. Só a dívida da Petrobras deu um salto de 104,4 bilhões de reais com a alta da moeda nestes 4 meses.

Além disso, o banco JP Morgan avalia que investidores impedidos de possuir bônus com grau especulativo podem se desfazer de cerca de 20 bilhões de dólares em dívida brasileira se outra agênca de classificação de risco seguir a mesma medida da S&P.

Em suma a maior preocupação no mercado agora parece não ser mais até onde a bolsa vai cair. “A pergunta que fica no mercado é: essas empresas terão condições de honrar suas dívidas?”, explica Perfeito.

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