Mercados

Às vésperas de balanço, Petrobras ganha R$ 10 bi em valor de mercado

Petroleira terminou o dia avaliada em 391,2 bilhões de reais, após os papéis preferenciais subirem quase 3%

As ações preferenciais (PETR4) da estatal subiram 2,88%, negociadas em 28,57 reais (Sergio Moraes/Reuters)

As ações preferenciais (PETR4) da estatal subiram 2,88%, negociadas em 28,57 reais (Sergio Moraes/Reuters)

TL

Tais Laporta

Publicado em 22 de outubro de 2019 às 18h21.

Última atualização em 22 de outubro de 2019 às 19h00.

A Petrobras ganhou 10 bilhões de reais em valor de mercado nesta terça-feira (22) com a forte arrancada de seus papéis na bolsa brasileira. O avanço foi o principal propulsor para o novo recorde do Ibovespa nesta sessão, que superou a casa dos 107 mil pontos na etapa final da votação da reforma da Previdência.

O avanço do Petrobras acontece na esteira da alta do petróleo no exterior e a dois dias da divulgação do balanço do terceiro trimestre. As ações preferenciais (PETR4) da estatal subiram 2,88%, negociadas em 28,57 reais. As ações ordinárias (PETR3) também performaram bem, fechando em alta de 3,06%, ao preço de 31,28 reais.

Com isso, a petroleira terminou o dia avaliada em 391,2 bilhões de reais em valor de mercado – um incremento de 10 bilhões de reais em relação ao fechamento da véspera, quando a empresa valia 381,4 bilhões.

Nesta terça, a companhia elevou os preços de gás liquefeito de petróleo (GLP) para residências, em botijões de 13 quilos, e de industriais e comerciais. Segundo a Reuters, o GLP subiu 92,5 reais por tonelada para as distribuidoras, ou cerca de 5%, enquanto o industrial e comercial sofreu alta de 58,5 reais, cerca de 3%.

O reajuste nos preços do GLP da Petrobras é o primeiro desde 5 de agosto, tanto para o produto residencial quanto para o voltado à indústria e comércio.

Resultados mais fraco no 3º tri?

A estatal de petróleo divulga o balanço do terceiro trimestre na quinta-feira (24) após o fechamento dos mercados. A XP Investimentos espera que os resultados venham "ligeiramente mais fracos" no trimestre, visto que o aumento de produção de petróleo com novas plataformas foi compensado por um menor preço do petróleo de US$ 62 por barril contra US$ 68,5 por barril no segundo trimestre.

Segundo relatório do banco Credit Suisse, a companhia tinha tudo para apresentar um terceiro trimestre fantástico, mas o forte aumento de produção tende a ser compensado pela queda nos preços médios do petróleo tipo Brent, negociado em Londres.

Eles também esperam alguns efeitos não recorrentes, mas ressaltaram que a desalavancagem (processo de redução do nível de endividamento) deve ser um dos principais pontos positivos do balanço, conforme relatório a clientes nesta terça-feira.

Nesta semana, a Guide Investimentos incluiu as ações da estatal na carteira, citando como pontos favoráveis a continuidade da venda de ativos onshore, o avanço do projeto de desinvestimento das refinarias e recursos da partilha dos recursos do pré-sal (cessão onerosa) com a União.

A Petrobras vem reposicionando seu portfólio em ativos de maior rentabilidade, com foco na desalavancagem financeira da estatal. Além disso, a expectativa de maior volume de produção para este ano, viabilizado pelo ramp-up das plataformas recém-instaladas, deverão impulsionar margens e a geração de caixa operacional da cia em 2019.

Acompanhe tudo sobre:AçõesPETR4PetróleoVibra Energia

Mais de Mercados

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol

JBS anuncia plano de investimento de US$ 2,5 bilhões na Nigéria