Mercados

Após prejuízo de R$131,9 milhões, Marfrig desaba na Bolsa

Ações ordinárias chegaram a ser cotadas em 5,10 reais.


	Marfrig: companhia também negou operação com BNDES
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Marfrig: companhia também negou operação com BNDES (Paulo Whitaker/Reuters)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 11 de agosto de 2016 às 11h25.

São Paulo — A Marfrig fechou o segundo trimestre do ano com um prejuízo líquido de 131,9 milhões de reais. O anúncio foi feito antes da abertura do pregão desta quinta-feira (11). Logo após o início da sessão, as ações ordinárias da companhia caíram 5% na Bolsa e chegaram a ser cotadas em 5,10 reais. 

No mesmo período do ano passado, a companhia registrou prejuízo de 6,5 milhões de reais. A piora nos números, segundo a empresa, refletiu o "desafiador cenário da operação de bovinos" e foi influenciada por fatores como a alta do preço de gado no mercado interno, a apreciação do real e o aumento das despesas financeiras (veja os resultados completos).

Debêntures

Outra notícia no radar da companhia que pode ter impactado o desempenho das ações é que a empresa estaria negociando com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) o resgate de debêntures conversíveis em ações. Os títulos da vida estão com o BNDESPar, braço de participações do banco.

De acordo com o jornal Valor Econômico, que publicou a informação, se a operação saísse do papel, o BNDES pagaria 21,50 reais por papel — valor bem acima da média atual, que é de 5,50 reais.

Em comunicado ao mercado, a Marfrig informou que "não há qualquer acordo vinculante ou não vinculante celebrado com o BNDESPar" e que "os valores apontados na matéria não condizem com a realidade de mercado e inviabilizariam qualquer operação". 

Acompanhe tudo sobre:Alimentos processadosB3bolsas-de-valoresCarnes e derivadosDebênturesEmpresasEmpresas brasileirasMarfrigMercado financeiroPrejuízo

Mais de Mercados

Realização de lucros? Buffett vende R$ 8 bilhões em ações do Bank of America

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Mais na Exame