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Após momento difícil, analistas recomendam ações da Fibria

Companhia mostra uma retomada do desempenho na comparação com 2013 e segue com recomendação de compra


	Fardos de celulose para exportação estocados em uma fábrica da Fibria em Aracruz
 (Rich Press/Bloomberg)

Fardos de celulose para exportação estocados em uma fábrica da Fibria em Aracruz (Rich Press/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2014 às 18h18.

São Paulo - O segundo trimestre não foi fácil para a Fibria. A companhia viu seu lucro operacional cair 13% em relação ao primeiro trimestre, por causa da queda no preço da celulose no mercado internacional.

Contudo, a companhia já mostra uma retomada do desempenho na comparação com 2013 e segue com recomendação de compra dos analistas do Itaú Unibanco e do HSBC.

Segundo o analista do Itaú Unibanco Marcos Assumpção, os preços em reais da celulose caíram 8% entre o primeiro trimestre e o segundo.

A valorização do real frente o dólar também prejudicou a companhia, que é exportadora e tem boa parte de suas receitas denominadas na moeda americana.

Além disso, paradas de manutenção em plantas da Fibria aumentaram os custos da celulose produzida em 2% no segundo trimestre, trazendo mais impacto negativo sobre os resultados da empresa.

O lucro líquido, contudo, chegou a R$ 630 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 593 milhões no segundo trimestre do ano passado e ficando bem acima do lucro de R$ 17 milhões no primeiro trimestre deste ano.

Segundo o analista do Itaú, a companhia conseguiu reduzir seu endividamento e melhorou sua geração de fluxo de caixa.

“Acreditamos que o endividamento atual da Fibria é confortável e permite que a companhia escolha entre duas opções de crescimento, uma orgânica e outra via aquisição”, diz o relatório do banco enviado a clientes.

Em relatório, o analista Kevin Gonzalez, do banco HSBC, observa que os estoques totais globais de celulose em junho e os preços começaram a se estabilizar após a fragilidade dos últimos meses.

O principal risco a que se expõem os investidores ao aplicar nas ações da Fíbria é o cambial, já que uma valorização maior do real frente o dólar prejudicaria ainda mais a companhia.

Contudo, diante da análise dos resultados da companhia, o HSBC recomenda a compra das ações, estimando um preço justo de R$ 28,50 para os próximos 12 meses.

O analista do Itaú Unibanco também recomenda compra do papel, com perspectiva de desempenho acima da média do mercado e preço justo estimado de R$ 36,00.

No pregão de hoje, segundo dados preliminares, as ações ordinárias da Fibria (ON, com voto) fecharam em alta de 3,48%, negociadas a R$ 22,62. O Índice Bovespa subiu 0,97%, a 57.977 pontos.

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