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Donald Trump sofre atentado em comício
Repórter
Publicado em 14 de julho de 2024 às 17h40.
Última atualização em 15 de julho de 2024 às 10h01.
A tentativa de assassinato de Donald Trump durante um comício na Pensilvânia, no sábado, 13, ainda deve desencadear uma série de desdobramentos na corrida eleitoral americana. Os disparos foram feitos por Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, que foi morto pela equipe de franco-atiradores da segurança do evento. Além de Trump, outras três pessoas foram atingidas, sendo que uma delas morreu.
O atentado aumentou a probabilidade de Trump vencer a disputa pela Casa Branca, na avaliação do economista Igor Lucena, doutor em Relações Internacionais e CEO da Amero Consulting. "Trump está em uma situação ainda mais confortável para ganhar as eleições e isso deve se refletir nas arrecadações. Discussões sobre a condenação na Justiça devem ficar não em segundo plano, mas em terceiro, enquanto a opinião pública focará no atentado", afirmou.
O atentado insere Trump na lista de presidentes americanos que já sofreram ataques, entre eles John Kennedy, Abraham Lincoln e Richard Nixon. "Isso é o suficiente para eternizá-lo na história dos Estados Unidos. Isso coloca-o como vítima, o que pode unir os americanos em torno de seu nome", diz Lucena.
No mercado, as primeiras repercussões são nos preços das criptomoedas, que mantêm negociações ininterruptas. O Bitcoin, principal ativo deste mercado, acumula cerca de 2,7% de alta desde o atentado. O Ethereum, segunda principal criptomoeda, sobe mais de 3,5%.
O economista André Perfeito avalia que a valorização das criptomoedas reflete a desvalorização do dólar. "O atentado aumentou o nível de ruído sobre as eleições. Incerteza reflete na queda de preço dos ativos. O dólar está se desvalorizando, mas pode ser que outras moedas sofram ainda mais", disse.
Nas primeiras negociações no mercado de câmbio, neste domingo, o dólar se valoriza contra as principais moedas do mundo, incluindo o euro, a libra esterlina e o iene.
A expectativa de Perfeito é que o mercado passe a negociar a partir de uma maior probabilidade de vitória de Trump. Isso, segundo o economista, tende a ser negativo para as ações americanas. "Wall Street está mais alinhada com os democratas do que com os republicanos. É uma lógica diferente da brasileira, em que o mercado está mais alinhado com partidos mais à direita. Isso deve se refletir em um cenário mais pesado no mercado americano e de maior volatilidade."
Os efeitos no mercado de ações devem surtir a partir desta noite de domingo, 14, com a abertura dos mercados da Ásia e dos índices futuros dos Estados Unidos.
Uma eventual vitória de Trump, segundo Lucena, deve provocar o aumento de tensões dos Estados Unidos com a China. "Mas preocupa a condescendência com ditadores. Ele diz que colocará um fim à guerra entre Rússia e Ucrânia, mas como isso seria feito? Se isso envolver a Ucrânia ceder território, poderá abrir um precedente para novas invasões." No entanto, o consultor avalia que, embora o cenário esteja mais favorável para a vitória de Trump, tudo pode mudar caso o presidente Joe Biden desista da disputa. "A chance de Biden desistir é muito maior agora."
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