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Amil tem projeções ampliadas após surpreender no 1º trimestre

HSBC elevou o preço-alvo para as ações, com um potencial de valorização de 30%

Novas aquisições e necessidade de investimentos menor podem potencializar as ações da Amil, avalia analista (Getty Images)

Novas aquisições e necessidade de investimentos menor podem potencializar as ações da Amil, avalia analista (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2011 às 16h37.

São Paulo – Após incorporar os resultados do primeiro trimestre de 2011, que vieram melhores que o projetado, a equipe de pesquisa do HSBC optou por elevar nesta terça-feira (24) o preço-alvo das ações da Amil (AMIL3), destacando a melhora nas estimativas, além de novas premissas macroeconômicas, incluindo a desvalorização do dólar.

Em relatório, o analista Luciano Campos ampliou sua projeção para o valor dos papéis de 24 reais para 25,50 reais até o final de 2011, o que representa um potencial de alta de 29,37% frente à cotação de 19,71 reais registrada no fechamento do pregão de ontem (23).

A recomendação foi reiterada em overweight (alocação acima da média de mercado), já que o potencial de valorização é superior à faixa neutra que varia entre 1,50% e 21,50%. Em sua análise, Campos ainda efetuou a rolagem de fluxo de caixa descontado para os próximos 12 meses.

Segundo o HSBC, a mudança mais importante nas premissas macroeconômicas foi a de um dólar fraco, caindo para 1,58 real (ante 1,65 real) em 2011 e 1,54 real (contra 1,68 real) em 2012. “Como usamos uma taxa de desconto baseada em dólares, as mudanças nas premissas de câmbio influenciam a avaliação. Se usarmos a curva anterior do câmbio em nosso fluxo de caixa descontado, nosso preço-alvo teria sido de 24,10 reais por ação”, explica o analista.

Campos destacou também que novas aquisições, reduções nas despesas de vendas, gerais e administrativas, e necessidades de investimentos menores que o esperado para o futuro poderão potencializar a ação daqui pra frente.

De olho no cenário otimista, traçado pela ligeira melhoria da receita e pelo “surpreendente” índice de sinistralidade durante o primeiro trimestre, a equipe do HSBC optou por ampliar as projeções para Amil. O índice de sinistralidade ajustado chegou a aproximadamente 67,9%, ficando 3,1 pontos percentuais abaixo da estimativa da instituição financeira.

O banco espera agora que a companhia tenha expansão na receita líquida de 1% e zero em 2011 e 2012, respectivamente, alcançando 9,03 bilhões e 9,98 bilhões de reais. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficará em 698,5 milhões e 839,8 milhões de reais, o que representa uma alta de 2,9% e 1,9%.

Segundo o HSBC, a melhora de nível na comparação anual da sinistralidade “indica um ano muito bom para a Amil e para a indústria de seguro de saúde, e reflete a combinação de aumentos de preços implementados desde o final de 2009 e as menores pressões de utilização no início de 2011”.

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