IPO do Santander México foi o 3º maior da história da América Latina, com 4,1 bilhões de dólares (Gustavo Kahil/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2012 às 13h57.
São Paulo - Nos primeiros 9 meses de 2012 os IPOs realizados na América Latina captaram 8,2 bilhões de dólares através de 15 operações. O volume foi o menor registrado desde 2005, segundo dados da Dealogic.
O volume das operações nos mercados de capitais latino-americanos de janeiro a setembro ficou 40% abaixo do registrado no mesmo período de 2011. Foram 15,9 bilhões de dólares este ano, comparados aos 26,6 bilhões do ano passado.
O maior IPO foi o do Santander Mexico, que captou 4,1 bilhões de dólares em 25 de setembro – que foi também o terceiro maior IPO do mundo neste ano, o terceiro maior da história da América Latina e o maior acordo do mercado de capitais mexicano. As ações do banco foram listadas na bolsa americana NYSE e na mexicana.
Com a ajuda do IPO do Santander, o México liderou todos os países latino-americanos com seus 6 bilhões de dólares levantados por meio de 5 acordos entre janeiro e setembro deste ano. A marca é o maior recorde da história do país e representou um crescimento de 88% em relação ao mesmo período de 2011.
Dos 5 maiores negócios realizados na américa latina, 3 (incluindo o IPO campeão do Santander Mexico) ocorreram na bolsa mexicana e 2 no Brasil, com o IPO do BTG Pactual e a oferta de ações da Taesa (TAEE11).
Brasil
O mercado brasileiro levantou apenas 4,9 milhões de dólares, através de 18 negócios nos primeiros 9 meses do ano. Foi o menor volume em 9 meses desde 2005 e ficou 54% abaixo do registrado no mesmo período de 2011.
Apenas 3 IPOs foram precificados no país até agora, captando 2,1 bilhões de reais. O maior foi o do banco BTG Pactual, que levantou 1,7 bilhão de dólares e foi listado em São Paulo e Amsterdã.
Bancos de Investimento
O Citi foi o banco que teve a maior percentual de participação (9,9%), considerando o volume das operações, na América Latina. O BTG Pactual foi o que mais participou e esteve presente em 13 das 48 operações na região. O Santander liderou o ranking de receitas, com uma parcela de 13,5%. No Brasil, o líder foi o BTG Pactual, tanto em participação no volume, com 21,9%, como em receita, com 26,1% do total.
Brasil - Ranking de participação considerando o volume das operações
Posição | Banco | Valor (US$ mi) | Quantidade | Participação (%) |
---|---|---|---|---|
1 | BTG Pactual | 1,083 | 12 | 21,9 |
2 | Banco do Brasil | 631 | 5 | 12,8 |
3 | Goldman Sachs | 564 | 3 | 11,4 |
4 | Bradesco | 542 | 4 | 11 |
5 | Itaú BBA | 455 | 7 | 9,2 |
6 | Merrill Lynch | 431 | 5 | 8,7 |
7 | JP Morgan | 380 | 2 | 7,7 |
8 | Citi | 347 | 2 | 7 |
9 | Santander | 298 | 3 | 6 |
10 | Credit Suisse | 137 | 2 | 2,8 |
Total | 4,947 | 18 | 100 |
Brasil - Ranking de participação considerando a receita
Posição | Banco | Valor (US$ mi) | Participação (%) |
---|---|---|---|
1 | BTG Pactual | 23 | 26,1 |
2 | Merrill Lynch | 11 | 12,3 |
3 | Bradesco BBI | 10 | 11,5 |
4 | Goldman Sachs | 10 | 11,3 |
5 | Itaú BBA | 8 | 9,3 |
6 | JP Morgan | 7 | 7,4 |
7 | Banco do Brasil | 6 | 7,2 |
8 | Credit Suisse | 4 | 4,5 |
9 | Citi | 3 | 3,8 |
10 | Santander | 3 | 3,2 |
Total | 90 | 100 |