Sede da Amazon (AMZO34) (Rolf Vennenbernd/Getty Images)
A Amazon (AMZO34) decidiu encerrar seu serviço de telemedicina, Amazon Care, a partir do dia 31 de dezembro.
A informação foi anunciada nesta quarta-feira, 24, pelo chefe da Amazon Health Services, Neil Lindsay, em um email para os funcionários.
A saída da Amazon do setor médico marca um grande recuo da gigante varejista em seus esforços para entrar nesse segmento.
A decisão foi tomada após a Amazon perceber que essa não era “a solução de longo prazo certa para nossos clientes corporativos”.
“Esta decisão não foi tomada de ânimo leve e só ficou clara após muitos meses de cuidadosa consideração”, escreveu Lindsay, “Embora nossos membros inscritos tenham adorado muitos aspectos do Amazon Care, não é uma oferta completa o suficiente para os grandes clientes corporativos que temos como alvo e não funcionaria a longo prazo".
Segundo o executivo, mesmo com a decisão de terminar o serviço de saúde, a Amazon ganhou uma compreensão mais profunda do “que é necessário a longo prazo para fornecer soluções significativas de assistência médica para empresas e clientes individuais” por meio do lançamento do Amazon Care.
O Amazon Care foi lançado em 2019 como um programa piloto para funcionários da sede central da empresa em Seattle.
O serviço oferece visitas virtuais de atendimento de urgência, além de consultas gratuitas de telemedicina e visitas domiciliares gratuitas de enfermeiros para testes e vacinas.
Em fevereiro deste ano a Amazon lançou as ofertas virtuais da Amazon Care em todo o território dos Estados Unidos para seus funcionários, além de fornecer serviços para outras empresas, sinalizando que tinha maiores ambições para o serviços de saúde.
Em junho passado, Babak Parviz, executivo responsável da Amazon Care, salientou como o serviço atraiu várias empresas, entre as quais Hilton, Silicon Labs, TrueBlue e Whole Foods.
A Amazon está encerrando o serviço do Care mesmo quando o CEO do grupo, Andy Jassy, deixou claro que tem interesse em entrar no segmento de saúde.
No mês passado, a Amazon adquiriu o provedor de serviços médicos One Medical por US$ 3,9 bilhões.
Além disso, está tentando desenvolver diagnósticos médicos diretamente em casa.
E, no início dessa semana, o Wall Street Journal informou que a Amazon está interessada em adquirir o provedor de serviços de saúde domiciliar Signify Health.
Entretanto, este é o segundo grande investimento no setor de saúde que a Amazon decidiu desmontar.
No ano passado, outro empreendimento no setor de saúde chamado Haven, criado pela Amazon junto com a Berkshire Hathaway (BERK34) e JPMorgan Chase (JPMC34), foi fechado.
A empresa continua a operar a Amazon Pharmacy, um serviço de pedidos e entrega de receitas que se desenvolveu desde a aquisição da Pillpack em 2018.
Sua divisão de computação em nuvem, Amazon Web Services, também tem uma presença significativa na área de saúde, onde utiliza o "machine learning" para analisar dados de saúde para grandes organizações e empresas do setor.