Alta do dólar torna Gerdau atraente
A empresa está se mostrando como uma das maiores beneficiárias da desvalorização do real.
Da Redação
Publicado em 2 de março de 2015 às 14h43.
São Paulo - A Gerdau SA está se mostrando como uma das maiores beneficiárias da desvalorização do real .
O motivo é que as exportações e vendas da siderúrgica para empresas construtoras e automotivas americanas ajudam a companhia brasileira a gerar 70 por cento de suas receitas em dólares.
Com uma desvalorização do real em relação ao dólar maior do que a de qualquer outra das principais moedas nos últimos seis meses, em um momento de tropeços da maior economia da América Latina, os custos dos empréstimos da Gerdau estão despencando.
Os yields das notas da empresa da emissão de US$ 750 milhões para 2023 caíram três vezes mais do que os das empresas metalúrgicas e mineradoras dos mercados emergentes neste ano.
“A grande exposição aos EUA está salvando a empresa”, disse Bernardo Rodarte, que supervisiona R$ 1 bilhão (US$ 350 milhões) na Sita Corretora, em Belo Horizonte, por telefone.
Os bonds subiram 5,7 por cento neste ano, maior incremento entre as empresas brasileiras. Os yields caíram 0,7 ponto porcentual neste ano, para 5,16 por cento, contra um declínio médio de 0,2 ponto porcentual entre os demais países em desenvolvimento.
A Gerdau preferiu não comentar os efeitos da desvalorização do real sobre sua receita.
Minério de ferro
A economia do Brasil encolherá 0,5 por cento neste ano, segundo a média de cerca de 100 estimativas da pesquisa semanal Focus, do Banco Central, publicada no dia 23 de fevereiro.
A economia global crescerá 2,7 por cento em 2015 e os EUA terão uma expansão de 3,1 por cento, a maior em uma década, segundo a média das estimativas de analistas monitoradas pela Bloomberg.
Embora provavelmente se beneficie de um crescimento mais rápido da maior economia do mundo, a Gerdau ainda enfrenta uma fraqueza em seu setor, escreveram Leonardo Correa e Caio Ribeiro, analistas do BTG Pactual em São Paulo, em uma nota no dia 19 de fevereiro.
Os preços do minério de ferro com 62 por cento de conteúdo em Qingdao, China, mergulharam ao nível mais baixo desde 2009, pelo menos, no dia 9 de fevereiro, em meio a uma compra medíocre das siderúrgicas da China.
Os preços USA Domestic Hot Rolled Coil, compilados pela The Steel Index Ltd., com sede em Londres, caíram 23 por cento nos últimos 12 meses.
Mesmo assim, a empresa “provavelmente desfrutará de um perfil mais estável devido à sua diversificação geográfica maior e a uma exposição mais limitada ao minério de ferro”, disse Eriko Miyazaki-Ross, analista de crédito da Barclays Plc em Nova York, por e-mail.
São Paulo - A Gerdau SA está se mostrando como uma das maiores beneficiárias da desvalorização do real .
O motivo é que as exportações e vendas da siderúrgica para empresas construtoras e automotivas americanas ajudam a companhia brasileira a gerar 70 por cento de suas receitas em dólares.
Com uma desvalorização do real em relação ao dólar maior do que a de qualquer outra das principais moedas nos últimos seis meses, em um momento de tropeços da maior economia da América Latina, os custos dos empréstimos da Gerdau estão despencando.
Os yields das notas da empresa da emissão de US$ 750 milhões para 2023 caíram três vezes mais do que os das empresas metalúrgicas e mineradoras dos mercados emergentes neste ano.
“A grande exposição aos EUA está salvando a empresa”, disse Bernardo Rodarte, que supervisiona R$ 1 bilhão (US$ 350 milhões) na Sita Corretora, em Belo Horizonte, por telefone.
Os bonds subiram 5,7 por cento neste ano, maior incremento entre as empresas brasileiras. Os yields caíram 0,7 ponto porcentual neste ano, para 5,16 por cento, contra um declínio médio de 0,2 ponto porcentual entre os demais países em desenvolvimento.
A Gerdau preferiu não comentar os efeitos da desvalorização do real sobre sua receita.
Minério de ferro
A economia do Brasil encolherá 0,5 por cento neste ano, segundo a média de cerca de 100 estimativas da pesquisa semanal Focus, do Banco Central, publicada no dia 23 de fevereiro.
A economia global crescerá 2,7 por cento em 2015 e os EUA terão uma expansão de 3,1 por cento, a maior em uma década, segundo a média das estimativas de analistas monitoradas pela Bloomberg.
Embora provavelmente se beneficie de um crescimento mais rápido da maior economia do mundo, a Gerdau ainda enfrenta uma fraqueza em seu setor, escreveram Leonardo Correa e Caio Ribeiro, analistas do BTG Pactual em São Paulo, em uma nota no dia 19 de fevereiro.
Os preços do minério de ferro com 62 por cento de conteúdo em Qingdao, China, mergulharam ao nível mais baixo desde 2009, pelo menos, no dia 9 de fevereiro, em meio a uma compra medíocre das siderúrgicas da China.
Os preços USA Domestic Hot Rolled Coil, compilados pela The Steel Index Ltd., com sede em Londres, caíram 23 por cento nos últimos 12 meses.
Mesmo assim, a empresa “provavelmente desfrutará de um perfil mais estável devido à sua diversificação geográfica maior e a uma exposição mais limitada ao minério de ferro”, disse Eriko Miyazaki-Ross, analista de crédito da Barclays Plc em Nova York, por e-mail.