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Alta do dólar e varejo fraco pressionam juros

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI com vencimento em abril de 2015 (78.680 contratos) estava em 12,410%, de 12,354% no ajuste anterior

Bovespa: na avaliação do mercado, o quadro recessivo vem ganhando contornos definidos (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2015 às 16h45.

São Paulo - A escalada do dólar nesta quarta-feira, 11, para seu maior patamar desde outubro de 2004, combinada com o crescimento fraco da economia e a possibilidade de o governo enfrentar dificuldades no Congresso, culminou num dia de alta nas taxas de juros futuros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI com vencimento em abril de 2015 (78.680 contratos) estava em 12,410%, de 12,354% no ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2016 (327.320 contratos) apontava 13,26%, de 13,00% ontem.

O DI para janeiro de 2017 (422.460 contratos) mostrava 13,24%, de 12,92% no ajuste anterior.

E o DI para janeiro de 2021 (140.000 contratos) indicava 12,70%, de 12,56% no ajuste da véspera.

O dólar subiu 1,38% e terminou em R$ 2,87, maior preço desde 25 de outubro de 2004. No mês, já acumula elevação de 6,89%.

Na avaliação do mercado, o quadro recessivo vem ganhando contornos definidos.

Pela manhã, o IBGE divulgou hoje que o varejo decepcionou. As vendas no varejo restrito recuaram 2,6% em dezembro ante novembro de 2014, na série com ajuste sazonal.

A queda foi maior que o piso das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (baixa de 2,50% a alta de 0,20%).

Na comparação com dezembro de 2013, sem ajuste sazonal, as vendas tiveram alta de 0,3%.

As vendas do varejo restrito acumularam alta de 2,2% em 2014. Em relação ao ampliado, a queda de 3,7% ma margem também foi maior que o piso (-2,50%).

Na comparação interanual, idem, com baixa de 2,2% - as projeções iam de -0,70% a +3,70%. No ano, houve retração de 1,7%.

Depois de a pesquisa Focus mostrar deterioração das previsões para a economia, com possibilidade de retração do PIB em 2015, hoje o Itaú Unibanco reforçou essa perspectiva ao projetar queda de 0,3% para a economia do país no primeiro trimestre de 2015.

"Sem incorporar a possibilidade de apagão, já vemos um PIB negativo em 2015. Nossa projeção é de -0,5% sem racionamento", disse Caio Megale, economista do Itaú.

Com racionamentos, o economista-chefe do banco, Ilan Goldfajn, e sua equipe projetam queda de 1% do PIB em 2015.

O economista do Santander, Maurício Molan, também prevê resultado fraco este ano. A alta de 0,3% prevista pela instituição deve ser revista para uma contração de 1%.

E, para ajudar, o governo está tendo dificuldades no Congresso, depois de ter visto seu candidato à presidência da Câmara ser derrotado com a eleição Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Em tempos de ajuste fiscal, ontem a Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna obrigatório o pagamento das emendas parlamentares individuais.

Na prática, o projeto impede que o Palácio do Planalto "congele" o desembolso de emendas para pressionar a base do Congresso a votar de acordo com seus interesses.

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São Paulo - A escalada do dólar nesta quarta-feira, 11, para seu maior patamar desde outubro de 2004, combinada com o crescimento fraco da economia e a possibilidade de o governo enfrentar dificuldades no Congresso, culminou num dia de alta nas taxas de juros futuros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI com vencimento em abril de 2015 (78.680 contratos) estava em 12,410%, de 12,354% no ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2016 (327.320 contratos) apontava 13,26%, de 13,00% ontem.

O DI para janeiro de 2017 (422.460 contratos) mostrava 13,24%, de 12,92% no ajuste anterior.

E o DI para janeiro de 2021 (140.000 contratos) indicava 12,70%, de 12,56% no ajuste da véspera.

O dólar subiu 1,38% e terminou em R$ 2,87, maior preço desde 25 de outubro de 2004. No mês, já acumula elevação de 6,89%.

Na avaliação do mercado, o quadro recessivo vem ganhando contornos definidos.

Pela manhã, o IBGE divulgou hoje que o varejo decepcionou. As vendas no varejo restrito recuaram 2,6% em dezembro ante novembro de 2014, na série com ajuste sazonal.

A queda foi maior que o piso das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (baixa de 2,50% a alta de 0,20%).

Na comparação com dezembro de 2013, sem ajuste sazonal, as vendas tiveram alta de 0,3%.

As vendas do varejo restrito acumularam alta de 2,2% em 2014. Em relação ao ampliado, a queda de 3,7% ma margem também foi maior que o piso (-2,50%).

Na comparação interanual, idem, com baixa de 2,2% - as projeções iam de -0,70% a +3,70%. No ano, houve retração de 1,7%.

Depois de a pesquisa Focus mostrar deterioração das previsões para a economia, com possibilidade de retração do PIB em 2015, hoje o Itaú Unibanco reforçou essa perspectiva ao projetar queda de 0,3% para a economia do país no primeiro trimestre de 2015.

"Sem incorporar a possibilidade de apagão, já vemos um PIB negativo em 2015. Nossa projeção é de -0,5% sem racionamento", disse Caio Megale, economista do Itaú.

Com racionamentos, o economista-chefe do banco, Ilan Goldfajn, e sua equipe projetam queda de 1% do PIB em 2015.

O economista do Santander, Maurício Molan, também prevê resultado fraco este ano. A alta de 0,3% prevista pela instituição deve ser revista para uma contração de 1%.

E, para ajudar, o governo está tendo dificuldades no Congresso, depois de ter visto seu candidato à presidência da Câmara ser derrotado com a eleição Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Em tempos de ajuste fiscal, ontem a Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna obrigatório o pagamento das emendas parlamentares individuais.

Na prática, o projeto impede que o Palácio do Planalto "congele" o desembolso de emendas para pressionar a base do Congresso a votar de acordo com seus interesses.

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