Última vez que o bitcoin ultrapassou US$ 12.000 foi em dezembro de 2017 (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)
Tais Laporta
Publicado em 27 de junho de 2019 às 06h21.
Última atualização em 27 de junho de 2019 às 06h22.
A alta vertiginosa da bitcoin começa a ficar cada vez mais parecida com a valorização ocorrida no auge da euforia no mercado de criptomoedas há dois anos.
A moeda virtual chegou a subir 14% na quarta-feira, atingindo US$ 12.900 pela primeira vez desde janeiro de 2018. A alta acumulada desde o início de abril passa de 200%. Seu índice de força relativa, um indicador de momentum, está agora muito perto do nível quando a criptomoeda atingiu o pico de cerca de US$ 19.500 em 2017.
Diante da forte valorização, agora operadores tentam identificar se o rali deste mês tem mais poder de resistência do que a bolha que varreu US$ 700 bilhões do mercado de criptomoedas em 2018. Embora os otimistas tenham se animado com o crescente interesse em moedas virtuais de grandes empresas como Facebook e JPMorgan Chase, os céticos dizem que não se sabe como essas iniciativas acabarão beneficiando a Bitcoin e outras criptomoedas.
Caso a marca de US$ 12.720 seja ultrapassada, “permitirá uma retração completa do mercado vendedor de 2018”, disse Dean Curnutt, fundador da Macro Risk Advisors, embora tenha destacado em comentários na terça-feira que o rali "se torna cada vez mais impulsivo".
A última vez que a bitcoin ultrapassou US$ 12.000 foi em dezembro de 2017. Depois a moeda subiu ainda mais, chegando a US$ 19.511 no fim daquele mês, mas a alta foi seguida por uma queda vertiginosa que levou a cotação para menos de US$ 6.000 em fevereiro. Entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018, a Bitcoin passou cerca de seis semanas acima de US$ 12.000.