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Alta de custos pode retardar recuperação de aéreas na bolsa

Após serem duramente golpeadas pela pandemia de covid-19, em razão das restrições de mobilidade, as companhias estão vendo os clientes voltarem

 (Germano Lüders/Exame)

(Germano Lüders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de outubro de 2021 às 12h28.

As festas de fim de ano e o aumento dos índices de vacinação contra covid-19 na população, associados à demanda reprimida, apontam para um cenário mais otimista para as empresas ligadas ao setor de turismo nos próximos meses.

Após serem duramente golpeadas pela pandemia de covid-19, em razão das restrições de mobilidade, as companhias estão vendo os clientes voltarem, e as aéreas, por exemplo, já registram vendas próximas ao período anterior à crise sanitária.

Entretanto, na opinião de analistas, alguns fatores irão limitar essa recuperação. O principal é o aumento dos preços do querosene de aviação, que tem um peso relevante nos custos das empresas, reduzindo as margens.

O analista Vitor Suzaki, do Banco Daycoval, ressalta que o baixo poder de compra do consumidor, causado pelas altas taxas de desemprego, e o endividamento das famílias não dão espaço para que aumentos de preços das passagens sejam absorvidos, inibindo portanto a retomada.

Adicionalmente, há a valorização do dólar em relação ao real, que desestimula viagens para o exterior.

Para o especialista de mercado da Guide Investimentos, Rodrigo Crespi, nesse contexto, as empresas de turismo, mais especificamente as agências de viagem, têm expectativas mais positivas, especialmente para o fim do ano, pela menor dependência do câmbio e porque podem recorrer a destinos nacionais que, muitas vezes, dispensam a necessidade de avião.

A Santander Corretora também tem uma visão mais otimista para as agências de viagens em detrimento das companhias aéreas, com relação ao potencial de valorização das ações.

Essas últimas, mais especificamente Gol e Azul, segundo Ricardo Peretti, parecem estar precificadas em patamares próximos aos níveis atuais de preço, ou seja, com menos desconto, contrariamente à CVC, que está abaixo do nível histórico.

Rodrigo Crespi, da Guide, diz ainda que o setor de aviação nacional pode ter um impulso maior se houver liberação de voos provenientes do Brasil por um maior número de países e a aceitação das vacinas aplicadas no País.

Com relação às recomendações de top picks para a próxima semana, a Ativa investimentos manteve apenas B3 ON em sua carteira, retirando Itaú PN, Lojas Renner ON, Usiminas PNA e Vibra Energia ON, para colocar no lugar EzTec ON, Ultrapar ON, Vale ON e Weg ON.

O Banco Daycoval fez apenas uma troca. Tirou Locaweb ON para colocar Assaí ON e deixou CCR ON, Lojas Renner ON, Sequoia ON e Ser Educacional ON.

A Elite substituiu Petrobras PN por Inter PN. Permaneceram Assaí ON, Intelbras ON, M.Dias Branco ON e Weg ON.

A Guide Investimentos fez duas trocas em sua carteira, tirando JBS ON e Ômega Energia ON e colocando Irani ON e Rede D'Or ON no lugar. Foram mantidas Assaí ON, Itaú PN e 3R Petroleum ON.

Da carteira da Mirae saíram Inter Unit, Romi ON e Vale ON, para entrar Ferbasa ON, JBS ON e Randon PN. Permaneceram na carteira Gerdau PN e JHSF ON.

A MyCap substituiu Eletrobras ON e Rumo PN na carteira por Grupo Soma ON e Bradesco PN, mantendo Dexco ON, Multiplan ON e Tegma ON.

A Órama manteve Engie ON, Minerva ON, Petrorio ON e Totvs ON. Substituiu apenas Natura ON por Weg ON.

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