Mercados

Aliansce reverte disparada com aposta em alta da Selic

As ações da empresa acumulam desvalorização de 9,4 por cento de 31 de Janeiro até esta quarta-feira, maior que a queda do Ibovespa, de 6 por cento

Corredor do Shopping Taboão, da Aliansce (Divulgação)

Corredor do Shopping Taboão, da Aliansce (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2013 às 11h24.

São Paulo - A Aliansce Shopping Centers SA, ação mais cara entre os papéis de shoppings centers, caminha para a maior queda mensal com o recuo nas vendas do varejo e a aposta dos investidores de que o Banco Central elevará a taxa básica de juros para inibir a inflação.

A Aliansce acumula desvalorização de 9,4 por cento de 31 de Janeiro até ontem, maior que a queda do Ibovespa, de 6 por cento. O recuo coloca a companhia a caminho da maior perda mensal desde a abertura do capital na bolsa, em janeiro de 2010.

O papel superou o desempenho do Ibovespa nos últimos três anos, levando seu preço para 26 vezes os lucros estimados em 2013, maior relação entre as 10 maiores companhias de administração imobiliária do País.

As administradoras de shopping centers, da Aliansce à Multiplan Empreendimentos Imobiliários SA, estão caindo com a sinalização do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que está preparado para elevar a Selic, hoje na mínima histórica, para coibir o avanço da inflação, que está no mais alto patamar em um ano.

Os preços ao consumidor em alta também contribuíram para a queda inesperada das vendas no varejo em dezembro.

“O consumidor está um pouco mais receoso de fazer compras”, disse Sandra Peres, analista da Coinvalores Corretora de Valores. “O varejo ainda vai crescer, mas não tão forte quanto 2011 e para trás.”

 

Acompanhe tudo sobre:AliansceB3bolsas-de-valoresEmpresasShopping centers

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado