Mercados

Alemanha não aceita acordo do Comitê da Basileia

Frankfurt - A Alemanha está se recusando a aceitar as novas regras sobre capital e liquidez dos bancos, até conseguir um melhor tratamento para as redes de bancos de poupança e cooperativos do país, segundo informaram pessoas próximas do assunto. Martin Kreienbaum, porta-voz do Ministério de Finanças alemão, afirmou que as negociações sobre o assunto […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Frankfurt - A Alemanha está se recusando a aceitar as novas regras sobre capital e liquidez dos bancos, até conseguir um melhor tratamento para as redes de bancos de poupança e cooperativos do país, segundo informaram pessoas próximas do assunto.

Martin Kreienbaum, porta-voz do Ministério de Finanças alemão, afirmou que as negociações sobre o assunto ainda estão em andamento e que um acordo deverá ser alcançado na cúpula do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), marcada para novembro.

O governo alemão também está preocupado com a liberdade que as regras até agora acordadas dão aos bancos de investimento dos Estados Unidos para conduzirem atividades fora de seus balanços financeiros, segundo uma fonte. Ontem, o Comitê sobre Supervisão Bancária da Basileia anunciou que chegou a um acordo prévio sobre as linhas gerais dos novos padrões de capital e liquidez dos bancos, que pretendem evitar uma repetição da crise financeira que devastou economias dos EUA e da Europa nos últimos anos. Mas o comitê informou que "um país ainda tem preocupações".

Um ponto de preocupação particular é a diferença de opinião sobre como calcular o capital regulatório de um banco no futuro, em razão do frequente uso na Alemanha de "participações silenciosas" e "depósitos silenciosos". Esses instrumentos têm um papel particular na estrutura de capital de muitos bancos de poupança alemães e de bancos cooperativos.

Indicações preliminares sugerem que o Comitê da Basileia quer restringir a definição de capital "Tier 1 principal" a títulos pagos e reservas de caixa conhecidas. O atual acordo de Basileia II permite que os bancos contabilizem as participações silenciosas como capital Tier 1.

Os bancos de poupança e cooperativos representam duas parcelas do "sistema de três pilares" que tem sido alimentado pela Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial. Eles estão particularmente representados no mercado de depósitos de varejo e no crédito para pequenas e médias empresas. As informações são da Dow Jones.
 

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaBancosEuropaFinançasPaíses ricosRegulamentaçãosetor-financeiro

Mais de Mercados

Ibovespa recua com piora das previsões para economia; dólar volta a acelerar

Airbnb lida com regulamentações de aluguel para expandir operação em diversos continentes

Shutdown evitado nos EUA, pronunciamento de Lula e Focus: o que move o mercado

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal