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Alemanha admite taxar operação em bolsa para convencer britânicos

O país quer um imposto sobre transações financeiras em todos os 27 países-membros, afirmou nesta sexta-feira Steffen Seibert, porta-voz do governo

O porta-voz do ministério das Finanças, Martin Kotthaus, afirmou que as negociações acerca de um imposto sobre transações financeiras estavam em curso em Bruxelas (Getty Images)

O porta-voz do ministério das Finanças, Martin Kotthaus, afirmou que as negociações acerca de um imposto sobre transações financeiras estavam em curso em Bruxelas (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2012 às 10h37.

Berlim - A Alemanha consideraria um compromisso para implementar um imposto sobre operações em bolsa se isso pudesse alinhar a Grã-Bretanha aos seus parceiros da União Europeia (UE), uma vez que eles buscam formas de taxar o setor financeiro.

A opção preferida pela Alemanha, no entanto, continua sendo um imposto sobre transações financeiras em todos os 27 países-membros, afirmou nesta sexta-feira Steffen Seibert, porta-voz do governo. O ministro da Economia da Alemanha, Philipp Roesler, levantou a possibilidade de um imposto sobre operações em bolsa como uma forma de superar a oposição britânica.

"Não há mudanças na posição do governo alemão. O governo acolhe a proposta da Comissão Europeia [em relação ao imposto sobre transações], porque abrange nossos pedidos por um imposto com base ampla e com uma alíquota baixa. Vamos lutar por essa proposta e por sua implementação em todos os 27 países da União Europeia", afirmou Seibert. No entanto, ele chamou a sugestão de Roesler de "sensata". "Ele está olhando para todas as possibilidade de colocar o Reino Unido a bordo... Precisamos descobrir nas negociações se um imposto sobre operações na bolsa poderia ser uma ponte para o Reino Unido; então a Alemanha discutirá isso com os seus parceiros europeus."

O porta-voz do ministério das Finanças, Martin Kotthaus, afirmou que as negociações acerca de um imposto sobre transações financeiras estavam em curso em Bruxelas. "Nós gostaríamos de fechar isso até o final do primeiro trimestre se essa for uma proposta viável, na qual possamos trabalhar, que valha a pena desenvolver. Caso contrário, nós precisamos procurar outras formas que sejam possíveis."

Um membro sênior do Bundesbank, o banco central alemão, pediu nesta sexta-feira que os governos cheguem a um acordo sobre a questão o mais rápido possível.

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