Agosto será o melhor mês da bolsa em 2017?
O mês foi marcado pelo fim da temporada de balanços (um pouco) mais positivos do segundo trimestre
EXAME Hoje
Publicado em 31 de agosto de 2017 às 06h49.
Última atualização em 31 de agosto de 2017 às 08h26.
A bolsa chega ao último pregão daquele que pode ser o melhor mês do ano. O Ibovespa acumula alta de 7,5% em agosto em um desempenho parecido com o de janeiro, quando o índice subiu 7,4%. O mês foi marcado pelo fim da temporada de balanços (um pouco) mais positivos do segundo trimestre e ganhou uma força extra com as notícias vindas de Brasília.
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Na semana passada, o índice chegou ao seu maior patamar desde janeiro de 2011. A alta foi impulsionada pelo anúncio da desestatização da Eletrobras e por um pacote de privatização com outros 56 ativos, anunciado pelo governo. A notícia fez as ações da estatal terem o melhor desempenho do mês no Ibovespa. Os papéis ordinários subiram 37% e os preferenciais, 30,8% até aqui. Outro destaque foi o grupo de educação Estácio, que teve alta de 28,8% no mês, após um balanço positivo mostrar que a companhia vai bem após o Cade rejeitar sua fusão com a Kroton, líder do setor.
Apenas cinco ações do índice acumulam quedas no mês até aqui. A maior perda é a da empresa de meios de pagamento Cielo, que caiu 14% no mês, após números fracos do segundo trimestre.
O mês deve ser mais um positivo no saldo da entrada de investidores estrangeiros no país. O saldo de capital estrangeiro na bolsa está positivo em 3,30 bilhões de reais no mês até o dia 28 de agosto. Com isso, o saldo no ano é de 11,30 bilhões de reais. A entrada de capital estrangeiro no país é reflexo das apostas no Brasil, e da grande liquidez ao redor do mundo.
Na semana passada, durante coletiva com jornalistas na abertura do Congresso da bolsa brasileira, o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, afirmou que a liquidez externa é justamente o maior risco para a bolsa. “Se tivermos a retirada dos estímulos nos Estados Unidos e na Europa ou uma alta brusca de juros nos Estados Unidos isso pode gerar uma fuga de mercados emergentes. É um risco maior do que o cenário político do país”, afirmou.
Os riscos políticos devem aumentar com a aproximação das eleições de 2018. Mas, até aqui, os otimistas estão ganhando com folga. O Ibovespa subiu 19% desde o início do ano.