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Acordo do Chipre traz alívio e dólar cai ante real

A melhora do humor externo tira a pressão altista das últimas sessões do dólar em relação ao real

Às 9h28, o dólar à vista no balcão caía 0,20%, a R$ 2,010. O dólar para abril de 2013 perdia 0,05%, a R$ 2,010 (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de março de 2013 às 11h06.

São Paulo - O acordo para evitar que o Chipre entre em colapso e saia da zona do euro foi fechado na madrugada desta segunda-feira, traz alívio aos mercados e enfraquece o dólar ante o euro e moedas ligadas a commodities.

A melhora do humor externo tira a pressão altista das últimas sessões do dólar em relação ao real. A moeda norte-americana ultrapassou os R$ 2,00 na semana passada, sem que houvesse intervenção do Banco Central.

Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em alta, pela terceira sessão seguida, a R$ 2,0140 (+0,35%) no balcão. Este é o maior valor de fechamento desde 24 de janeiro (a R$ 2,0310).

A moeda desacelerou um pouco na sexta-feira, em parte influenciada por declarações feitas pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

Às 9h28, o dólar à vista no balcão caía 0,20%, a R$ 2,010. O dólar para abril de 2013 perdia 0,05%, a R$ 2,010.

"Com essa melhora no exterior por causa do Chipre, nossa moeda deve valorizar, mas dificilmente o dólar cai abaixo de R$ 2,00", disse há pouco um operador de tesouraria de um banco nacional. Segundo ele, o dólar pode ficar perto de R$ 2,05.

Nesta semana mais curta, por causa do feriado de Sexta-feira Santa, o foco doméstico estará em Tombini e no ministro da Fazenda, Guido Mantega, que participam amanhã e quarta-feira da 5ª Cúpula do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em Durban, na África do Sul.

Hoje, Tombini tem encontro fechado à imprensa com a presidente do Banco Central da África do Sul, Gill Marcus.


A leve desaceleração observada há pouco no euro, no entanto, reflete a cautela diante dos receios de que a ajuda ao Chipre possa não ser suficiente para eliminar o perigo de contágio para outros países da zona do euro e as consequências serão realmente sentidas em meses ou anos.

Na imprensa internacional, alguns analistas avaliam que o plano fechado é até mais duro do que o original.

O acordo prevê a liquidação do segundo maior banco cipriota, o Banco Popular do Chipre, ou Laiki, que será fundido com o Banco do Chipre, líder do ranking do país.

Além disso, os correntistas com depósitos acima de 100 mil euros terão de arcar com uma taxa ainda a ser definida, mas que deve 30% ou um pouco abaixo disso. Em troca, o país finalmente irá receber o socorro de € 10 bilhões em recursos internacionais.

A Alemanha, que desde sempre foi a favor da taxação dos depósitos bancários, comemorou o acordo. "O resultado é justo para todos os envolvidos", disse o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble.

Perto das 9h, euro subia a US$ 1,2984, de US$ 1,2989 no fim da tarde de sexta-feira. O dólar subia a 94,77 ienes, de 94,56 ienes no fim da tarde de sexta-feira. O Dollar Index (DXY) subia 0,02%, a 82,39.

O dólar caía em relação às moedas relacionadas a commodities: dólar canadense (-0,37%); dólar neozelandês (-0,22%); dólar australiano (-0,26%); rand sul-africano (-0,41%); rupia indiana (-0,29%); rublo russo (-0,44%).

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A melhora do humor externo tira a pressão altista das últimas sessões do dólar em relação ao real. A moeda norte-americana ultrapassou os R$ 2,00 na semana passada, sem que houvesse intervenção do Banco Central.

Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em alta, pela terceira sessão seguida, a R$ 2,0140 (+0,35%) no balcão. Este é o maior valor de fechamento desde 24 de janeiro (a R$ 2,0310).

A moeda desacelerou um pouco na sexta-feira, em parte influenciada por declarações feitas pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

Às 9h28, o dólar à vista no balcão caía 0,20%, a R$ 2,010. O dólar para abril de 2013 perdia 0,05%, a R$ 2,010.

"Com essa melhora no exterior por causa do Chipre, nossa moeda deve valorizar, mas dificilmente o dólar cai abaixo de R$ 2,00", disse há pouco um operador de tesouraria de um banco nacional. Segundo ele, o dólar pode ficar perto de R$ 2,05.

Nesta semana mais curta, por causa do feriado de Sexta-feira Santa, o foco doméstico estará em Tombini e no ministro da Fazenda, Guido Mantega, que participam amanhã e quarta-feira da 5ª Cúpula do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em Durban, na África do Sul.

Hoje, Tombini tem encontro fechado à imprensa com a presidente do Banco Central da África do Sul, Gill Marcus.


A leve desaceleração observada há pouco no euro, no entanto, reflete a cautela diante dos receios de que a ajuda ao Chipre possa não ser suficiente para eliminar o perigo de contágio para outros países da zona do euro e as consequências serão realmente sentidas em meses ou anos.

Na imprensa internacional, alguns analistas avaliam que o plano fechado é até mais duro do que o original.

O acordo prevê a liquidação do segundo maior banco cipriota, o Banco Popular do Chipre, ou Laiki, que será fundido com o Banco do Chipre, líder do ranking do país.

Além disso, os correntistas com depósitos acima de 100 mil euros terão de arcar com uma taxa ainda a ser definida, mas que deve 30% ou um pouco abaixo disso. Em troca, o país finalmente irá receber o socorro de € 10 bilhões em recursos internacionais.

A Alemanha, que desde sempre foi a favor da taxação dos depósitos bancários, comemorou o acordo. "O resultado é justo para todos os envolvidos", disse o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble.

Perto das 9h, euro subia a US$ 1,2984, de US$ 1,2989 no fim da tarde de sexta-feira. O dólar subia a 94,77 ienes, de 94,56 ienes no fim da tarde de sexta-feira. O Dollar Index (DXY) subia 0,02%, a 82,39.

O dólar caía em relação às moedas relacionadas a commodities: dólar canadense (-0,37%); dólar neozelandês (-0,22%); dólar australiano (-0,26%); rand sul-africano (-0,41%); rupia indiana (-0,29%); rublo russo (-0,44%).

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