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Ações Hoje: UBS eleva recomendação para MMX

Confira também análises para Kroton Educacional, OGX, Vale e para todo o setor imobiliário

Porto Sudeste, da MMX, em fevereiro de 2011: obras estão com "progresso significativo", diz o UBS (MMX)

Porto Sudeste, da MMX, em fevereiro de 2011: obras estão com "progresso significativo", diz o UBS (MMX)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2011 às 17h56.

São Paulo - Aqui está o que se fala no mercado nesta quarta-feira (18):

1 – UBS eleva ações da MMX

O banco UBS melhorou hoje a recomendação para as ações da MMX Mineração (MMXM3). A empresa, controlada pelo investidor bilionário Eike Batista, teve a indicação elevada de neutra para compra. Segundo o relatório obtido pela Bloomberg, a empresa está com um “processo significativo” em projetos, incluindo Serra Azul e Bom Sucesso.

Na máxima do dia, as ações subiram 4,4%, para 9,69 reais. Apesar disso, os papéis encerraram a quarta-feira em leve queda de 0,32%, acompanhando o desempenho do Ibovespa.

2 – Kroton cai forte após anúncio de nova oferta de ações

A units da Kroton Educacional (KROT11) fecharam em queda no pregão desta quarta-feira (18) na BM&FBovespa após a companhia ter protocolado um pedido de análise para uma nova oferta de ações (follow-on) na Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

Conforme antecipou EXAME.com, a operação poderá chegar a 423 milhões de reais, considerando o valor de 21,70 das units no fechamento de sexta-feira. Serão vendidos 19,5 milhões de papéis. A oferta primária e secundária terá o Itaú BBA como o coordenador líder. Os bancos BTG Pactual, Santander e Bradesco BBI também irão auxiliar na colocação dos papéis no mercado.

No decorrer da sessão, os papéis atingiram a mínima de 20,25 reais, o que representa uma queda de 6,25% frente ao fechamento de ontem. Analistas ouvidos pela reportagem, mas que não puderam se identificar porque participam da oferta, atribuíram a queda do dia à operação por conta da diluição na participação dos atuais acionistas.

3 – Setor imobiliário não consegue andar sozinho e recorre ao mercado

O setor de construção civil em bolsa começa a sentir a pressão dos investidores porque ainda não consegue andar com as próprias pernas. A expectativa era de que as empresas pudessem, já em 2011, tocar os projetos com a própria geração de caixa sem recorrer ao mercado de capitais, o que não está ocorrendo.

“Com exceção da Eztec que ainda mantém caixa positivo desde a abertura de seu capital, as demais empresas já realizaram algum tipo de operação de captação de recursos, seja via novas ações, debêntures e financiamentos direto com bancos”, afirma Ricardo Tadeu Martins, analista da Planner Corretora.

Em 2011, o índice que mede o desempenho das ações do setor imobiliário na BM&FBovespa, o IMOB, registra queda de 9,8%. Nos últimos 12 meses, o índice se mantém no positivo, com uma valorização de 26,5%.

4 – Alta da OGX após descobertas na Parnaíba foi exagerada, diz Santander

O forte salto de 9% das ações ordinárias da OGX (OGXP3) ontem foi exagerado, avalia a equipe de pesquisa do Santander. A companhia registrou ontem a maior alta do Ibovespa após ter apresentado as declarações de comercialidade dos campos Califórnia e Fazenda São José, localizados na Bacia do Parnaíba.

Os analistas Christian Audi e Vicente Falanga explicam que o avanço de ontem não está de acordo com as estimativas do Santander. O preço da ação implica em precificar os recursos da bacia em 22 dólares por barril de óleo equivalente (boe), o que pode ser considerado alto na comparação com operações de fusão e aquisições recentes.

“Considerando que os recursos declarados recentemente pela OGX são de gás, acreditamos que o valor deveria ser significantemente menor, implicando também que parte desta reação foi aumentada por um movimento de cobertura de posições vendidas”, explica o Santander. Ou seja, os investidores que estavam na posição vendida - apostando na queda da ação - precisaram comprar os papéis para cobrir a operação.

5 – Influência do governo desvaloriza bônus da Vale em relação à BHP

Os custos de captação da Vale (VALE3; VALE5) estão no maior nível em oito meses em comparação aos da concorrente BHP Billiton. A alta reflete receios de que o governo pressione a Vale a fazer investimentos em negócios menos lucrativos.

Os títulos em dólar da mineradora brasileira com vencimento em 2020 rendiam na semana passada 126 pontos-base a mais do que papéis da BHP com vencimento similar, a maior diferença desde que a Vale fez a emissão dos títulos em setembro, segundo dados compilados pela Bloomberg. Essa diferença aumentou 29 pontos- base, ou 0,29 ponto percentual, desde o início do ano.

6 –George Soros vende US$ 800 milhões em ouro no 1º trimestre

O bilionário George Soros, renomado investidor internacional, desfez-se de 800 milhões de dólares em ouro ao longo do primeiro trimestre, segundo informações do site CNN Money. A aparente cautela vai em caminho oposto à forte valorização do metal, que atingiu preços recordes no período.

O administrador do Soros Fund Management possui agora apenas cerca de 49.400 papéis do fundo SPDR Gold Shares, um dos maiores fundos lastreados em ouro do mundo, de acordo com documentos submetidos à SEC (Securities and Exchange Commission, reguladora do mercado financeiro americano).

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