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Ações europeias sobem, mas acumulam queda em 2011

Na Europa, índices foram pressionados pelas preocupações recorrentes com a crise de confiança nas dívidas europeias

No ano que vem, as bolsas europeias também devem ter dificuldades para ganhar força, visto que muitos veem chance de recessão no Velho Mundo nos próximos meses (Ralph Orlowski/Getty Images)

No ano que vem, as bolsas europeias também devem ter dificuldades para ganhar força, visto que muitos veem chance de recessão no Velho Mundo nos próximos meses (Ralph Orlowski/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2011 às 15h30.

Londres - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam a última sessão de 2011 em alta, impulsionados pelos indicadores positivos divulgados ontem sobre a economia dos EUA, mas acumularam queda no ano, pressionadas pelas preocupações recorrentes com a crise de confiança nas dívidas europeias.

No ano que vem, as bolsas europeias também devem ter dificuldades para ganhar força, visto que muitos veem chance de recessão no Velho Mundo nos próximos meses. "O destino estará nas mãos dos políticos da União Europeia" em 2012, disse David Buik, do BGC Partners. Ele ressaltou, no entanto, que as ações das empresas europeias estão baratas quando se leva em consideração a relação entre o preço dos papéis e o lucro dessas companhias.

"O tema dos próximos 12 meses será encontrar estratégias de negócio que não estejam sendo muito utilizadas e ser inteligente, sem manter uma determinada posição por períodos muito longos", disse Stephen Pope, diretor-gerente da Spotlight Ideas. "Qualquer empresa que dependa apenas de um polo de mercado no mundo desenvolvido para a geração de receita não será um veículo de investimento a se seguir. Se alguém quiser ganhar dinheiro com ações no próximo ano, terá de fazer isso com papéis de empresas grandes que vendem em diversos mercados", acrescentou.

As bolsas de Londres e de Frankfurt, que fecharam mais cedo hoje, subiram 0,10% e 0,85% nesta sexta-feira, mas acumularam queda de 5,55% e de 14,69%, respectivamente, em 2011. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 2,08 pontos, ou 0,86%, para 244,54 pontos, mas perdeu 11,34% no ano. Em Paris, o CAC 40 ganhou 32,25 pontos, ou 1,03%, para 3.159,81 pontos, mas teve declínio de 16,95% em relação ao final de 2010.

Em Milão, o índice FTSE MIB subiu 181,21 pontos, ou 1,22%, para 15.089,74 pontos, mas acumulou queda de 25,20% em 2011. O IBEX 35, da Bolsa de Madri, avançou 78,40 pontos, ou 0,92%, para 8.566,30 pontos, recuando 13,11% no ano. Em Lisboa, o PSI 20 teve alta de 5,63 pontos, ou 0,10%, para 5.494,27 pontos, mas perdeu 27,6% em 2011. O ASE, da Bolsa de Atenas, avançou 13,12 pontos, ou 1,97%, para 680,42 pontos, mas sofreu a queda mais acentuada entre os índices europeus em 2011, de 51,88%. As informações são da Dow Jones.

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