Mercados

Ações do varejo brasileiro ainda não estão atraentes, diz Goldman Sachs

Banco de investimentos alterou o preço-alvo para as companhias do setor varejista

Goldman Sachs (Getty Images)

Goldman Sachs (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2011 às 20h07.

São Paulo – Após incorporar os resultados do segundo trimestre de 2011 e novas premissas macroeconômicas, a equipe de pesquisa do Goldman Sachs optou nesta quinta-feira (18) por reajustar o preço-alvo das companhias varejistas que integram seu universo de cobertura, e definiu a Cia Hering (HGTX3), a Localiza (RENT3) e a Technos (TECN3) como as favoritas do setor.

Em relatório, as analistas do setor de consumo do banco de investimentos, Irma Sgarz e Rachel Rodrigues, atribuíram a recomendação de compra para as três companhias. Elas justificam que, em um ambiente macroeconômico cheio de incertezas como o atual, estas empresas estão menos expostas às oscilações da economia, podendo apresentar altos retornos e flexibilidade no balanço para conseguir ampliar seus investimentos.

O Goldman Sachs afirma que as incertezas sobre o ambiente externo e o cenário econômico doméstico têm pesado sobre o desempenho das ações do setor de varejo do Brasil. Os múltiplos das companhias de varejo estão em linha ou levemente abaixo da média histórica, disseram as analistas. No entanto, na medida em que o cenário econômico oferece risco para futuras revisões nas estimativas de ganhos das companhias, elas acreditam que ainda é cedo alterar a recomendação para o setor, que foi reiterada em neutra (manter).

A avaliação do Goldman Sachs mostra que o recuo nos papéis das empresas varejistas pode ser justificado pela situação econômica, mas não totalmente. Dados dos mercados de trabalho e de crédito, somado aos últimos números sobre a confiança do consumidor, deram suporte para que os últimos resultados apresentados pelas companhias no segundo trimestre de 2011 repetissem o desempenho visto no primeiro trimestre.


As analistas acrescentam que a perspectiva ainda permanece positiva para as companhias do setor. “Apreciamos o fato de o mercado tentar precificar uma visão a frente para o setor, as evidências sobre o quanto o consumidor será impactado pela alta da inflação e pelo aperto monetário, além de choques externos durante o segundo semestre do ano, ainda permanecem inconclusivas”.

Diante deste cenário, elas atribuíram novos preços-alvos em 12 meses para as ações. Na média, os valores foram rebaixados em 2%. Confira:

table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}
.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}

Empresa Código Recomendação Preço-Alvo Anterior (R$) Novo Preço-Alvo (R$) Cotação em 18/08 (R$) Potencial de Alta
Localiza RENT3 Compra 32,50 33,70 24,30 38,68%
Technos TECN3 Compra 19,50 19,70 14,90 32,21%
Cia Hering HGTX3 Compra 40,70 41,70 33,38 24,93%
Hypermarcas HYPE3 Neutra 15,60 13,90 11,65 19,31%
Marisa AMAR3 Neutra 26,90 25,30 20,70 22,22%
Lojas Renner LREN3 Neutra 61,40 62,80 54,63 14,96%
Lojas Americanas LAME4 Neutra 15,70 16,00 14,10 13,48%
Natura NATU3 Neutra 38,70 39,00 35,73 9,15%
B2W Varejo BTOW3 Venda 17,80 14,80 13,54 9,31%
Droga Raia RAIA3 N/A N/A N/A N/A N/A
Drogasil DROG3 N/A N/A N/A N/A N/A
Pão de Açúcar PCAR4 N/A N/A N/A N/A N/A

Fonte: Goldman Sachs

Acompanhe tudo sobre:AçõesAmericanasAnálises fundamentalistasB2WCalçadosComércioEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas de internetEmpresas francesasFarmáciasFranquiasHeringHypera Pharma (Hypermarcas)industria-de-cosmeticosIndústrias em geralLocalizaMarisaMercado financeiroNaturaPão de AçúcarRD – Raia DrogasilRennerRoupasServiços diversosSupermercadosTechnosTêxteisVarejo

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado