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Ações de energia perdem status de refúgio no S&P 500

O setor de energia foi o grupo com pior desempenho no índice S&P 500 nas últimas cinco sessões

Energia: é o único setor do S&P 500 que registra alta neste ano após bater o mercado mais amplo por 20 meses até maio (Bloomberg/Getty Images)
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Bloomberg

Publicado em 8 de julho de 2022 às 17h44.

Última atualização em 8 de julho de 2022 às 19h00.

Os investidores perderam um de seus poucos refúgios durante a liquidação do mercado de ações americano neste ano. Com a queda dos papéis de energia, não há mais onde se esconder.

O setor de energia foi o grupo com pior desempenho no índice S&P 500 nas últimas cinco sessões. O índice do setor já caiu 22% desde seu pico no mês passado, ante um declínio de cerca de 5% do S&P 500 no mesmo período. O desempenho foi pior até que o do petróleo, com queda de 14% do West Texas Intermediate desde 8 de junho.

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Dito isso, a energia continua sendo o único setor do S&P 500 que registra alta neste ano após bater o mercado mais amplo por 20 meses até maio.

No entanto, as notícias preocupantes vêm em ondas. Apenas nesta semana, o governo dos EUA divulgou dados de estoques “negativos para o complexo petrolífero”, mostrando um aumento inesperada de 8,2 milhões de barris, disse o analista da MKM Partners Leo Mariani em uma nota. Os números são “negativos para o petróleo no longo prazo” porque implicam “que o mercado está com excesso de oferta”, disse.

É um contraste grande em relação a apenas poucos meses atrás, quando as ações de energia estavam entre as opções mais atraentes, disse o estrategista de portfólio da Stifel, James Hodgins. O problema é que um punhado de fatores que impulsionaram o aumento dos preços de energia — como a reabertura das economias após a pandemia e a invasão da Ucrânia pela Rússia — se dissiparam.

O outro fator que pesa sobre o setor é a perspectiva de recessão, cuja gravidade afetará os preços do petróleo e, por extensão, as ações de energia.

Mas o petróleo também pode ser impulsionado pela reabertura da economia da China e seu enorme plano de gastos de estímulo.

O setor também pode se beneficiar das métricas de preço, que permanecem relativamente baixas. “Acho que ficou muito quente, muito rápido, mas essas empresas ainda são muito, muito baratas”, disse a diretora de investimentos do Brompton Group, Laura Lau.

Wall Street permanece otimista em relação às ações de energia, apesar de uma onda de cortes nos preços-alvo para os papéis de petróleo. Dois terços das empresas do S&P 500 Energy Index têm recomendação de compra, segundo dados compilados pela Bloomberg.

É um dos setores mais bem avaliados do mercado, atrás de tecnologia da informação e o setor imobiliário. Os analistas veem um retorno médio de 31% para as ações no índice de energia, ante 26% para o S&P 500 como um todo.

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