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Ações da Sumitomo têm maior queda em 18 anos

Trading do Japão reduziu previsão de lucro anual em 96%, devido a perdas com um projeto de xisto nos EUA e quedas nos preços de ferro e carvão

Sumitomo: empresa irá rever sua estratégia em investimento mineral e sistema de gestão de risco (Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2014 às 08h48.

Tóquio - As ações da Sumitomo Corp tiveram sua maior queda em 18 anos após a quinta maior trading do Japão em vendas ter reduzido sua previsão de lucro anual em 96 por cento devido a perdas maciças com um projeto de xisto nos Estados Unidos e quedas acentuadas nos preços do minério de ferro e carvão.

Tradings japonesas têm investido pesadamente em campos norte-americanos de petróleo e gás de xisto conforme a terceira maior economia do mundo busca diversificar suas fontes de energia após o desastre nuclear de Fukushima, em 2011.

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Mas revisões em estimativas de reservas e poços improdutivos levaram a baixas contábeis.

A Sumitomo disse na segunda-feira que irá rever sua estratégia em investimento mineral e sistema de gestão de risco, após uma baixa contábil de 270 bilhões de ienes (2,47 bilhões de dólares) antes de benefícios fiscais.

As perdas incluíram a mais recente e maior de uma série de baixas contábeis em ativos norte-americanos de xisto por tradings japonesas.

As ações da companhia caíram 12,1 por cento nesta terça-feira, a maior perda em um dia desde junho de 1996, quando a Sumitomo informou que seu chefe de operações de cobre Yasuo Hamanaka tinha acumulado 2,6 bilhões de dólares em perdas com operações ilícitas.

A Sumitomo também espera uma perda de 50 bilhões de ienes com o atraso da expansão de um projeto de minério de ferro brasileiro devido à queda nos preços da commodity e uma perda de 20 bilhões de ienes em um negócio de pneus nos EUA devido à estagnação do mercado de varejo no país.

A Sumitomo e a parceira brasileira Vale fecharão sua mina de carvão Isaac Plains, em Queensland, na Austrália, até o final de janeiro por causa da queda dos preços do carvão, com a Sumitomo esperando uma perda contábil de 30 bilhões de ienes com o encerramento.

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