Mercados

Ações da Light não ganham diante da parceria com Renova Energia

Para analista, os múltiplos relativos aos papéis da elétrica já operam próximos de seu valor justo

Em 2011, as ações ordinárias da Light registram ganhos de 18% (Bia Parreiras)

Em 2011, as ações ordinárias da Light registram ganhos de 18% (Bia Parreiras)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2011 às 16h09.

São Paulo – O mercado repercute nesta segunda-feira (11) a notícia de que a Cemig (CMIG3), por meio da controlada Light (LIGT3), busca uma parceria com a Renova Energia (RNEW11). A empresa irá obter 26% do capital total e 50% do bloco de controle da Renova em uma transação estimada em 400 milhões de reais.

Para isso, a Light deve fazer uma emissão de 350 milhões de reais em títulos de dívida local ou contrair um empréstimo para financiar a aquisição, segundo Luiz Fernando Rolla, diretor financeiro da companhia. O executivo fez os comentários em entrevista hoje durante evento em São Paulo.

“A parceria reforça exposição da Light em projetos de geração, visando o atendimento ao mercado livre. Lembramos também que este é mais um negócio no qual a Cemig utiliza-se de seu braço privado para executar sua estratégia de fusões e aquisições no setor”, avalia o Ricardo Corrêa, analista da Ativa Corretora.

Para o analista Rafael Andreata, da corretora Planner, os múltiplos relativos aos papéis da Light já operam próximos de seu valor justo. Em 2011, as ações ordinárias da Light registram ganhos de 18%. “Não enxergamos no curto prazo uma alta significativa às ações, uma vez que a empresa ainda precisa mostrar ao mercado melhores dados operacionais em sua região de atuação”, ressalta.

De acordo com Andreata, o setor de energia elétrica reserva melhores opções de investimentos neste momento, como a AES Eletropaulo (ELPL4), Copel (CPLE6), Cesp (CESP6), Tractebel Energia (TBLE3) e Cemig (CMIG4).

Para a Cemig, contudo, o anúncio pode ser favorável, analisa LEONARDO G. ZANFELICIO, da Concordia Corretora. “Consideramos a operação positiva para Cemig que reafirma sua posição como consolidadora no setor elétrico, utilizando a Light como veículo para aquisição em geração. Outro ponto importante é que reduz a dependência dos resultados da empresa carioca do segmento de distribuição, segmento mais sensível aos ciclos econômicos e que apresenta menores margens”.

Acompanhe tudo sobre:CemigEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergiaEnergia elétricaEnergia eólicaEstatais brasileirasInfraestruturaLightServiços

Mais de Mercados

BTG vê "ventos favoráveis" e volta recomendar compra da Klabin; ações sobem

Ibovespa fecha em queda e dólar bate R$ 5,81 após cancelamento de reunião sobre pacote fiscal

Donald Trump Jr. aposta na economia conservadora com novo fundo de investimento

Unilever desiste de vender divisão de sorvetes para fundos e aposta em spin-off