Mercados

Ações da HTC voltam a cair diante de dúvidas sobre crescimento

Empresa caiu pelo segundo dia consecutivo por receios de que a quarta maior fabricante de smartphones esteja ficando para trás em comparação com a Apple e a Samsung

As ações da HTC caíram quase 7% nesta sexta-feira e já acumulam perda de 30% em oito dias consecutivos de operações (Divulgação)

As ações da HTC caíram quase 7% nesta sexta-feira e já acumulam perda de 30% em oito dias consecutivos de operações (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2011 às 10h32.

Taipé - A preocupação de investidores após o segundo alerta de lucro em um mês fez as ações da HTC caírem pelo segundo dia consecutivo por receios de que a quarta maior fabricante de smartphones do mundo esteja ficando para trás em um mercado altamente competitivo.

A popularidade do iPhone, da Apple, e do Galaxy, da Samsung Electronics, juntou-se à preocupação com a economia e aos longos processos judiciais, tirando o brilho da empresa que já foi um dos exemplos de maior sucesso do mercado.

Diante da recente perda da liderança de mercado pela Nokia e do espaço cada vez menor da Research in Motion (RIM), fabricante do BlackBerry, a HTC precisa voltar aos tempos de inovação para garantir o lugar que sempre ocupou.

"Não será fácil a HTC sair da situação em que se encontra neste momento", disse o gerente de investimento interino da unidade de fundos da Polaris, Simon Liu.

Durante uma década, a HTC fabricou celulares para outras empresas venderem, mas decidiu usar a própria marca no fim de 2006. Neste ano até abril, as ações da companhia mais que triplicaram depois que os designs inovadores atraíram consumidores.

As vendas da HTC cresceram quatro vezes em um ano e meio e, no terceiro trimestre deste ano, a companhia vendeu mais smartphones nos EUA do que qualquer outro concorrente.

A piora da performance, no entanto, aconteceu porque a HTC, diante do iPhone e do Galaxy, não conseguiu levar novos produtos para o mercado de smartphones de ponta.

As ações caíram quase 7 por cento nesta sexta-feira e já acumulam perda de 30 por cento em oito dias consecutivos de operações.

A empresa, que tinha 10,8 por cento de participação do mercado mundial no terceiro trimestre, vendeu apenas 1 milhão mais aparelhos que a RIM, e a distância em relação às concorrentes maiores aumentou porque a Nokia voltou à disputa com os primeiros celulares que rodam com Windows.

Na quinta-feira, a HTC alertou que pode não apurar crescimento de receita no atual trimestre, uma desaceleração brusca após o faturamento ter mais que dobrado no primeiro semestre.

A HTC, avaliada em cerca de 16 bilhões de dólares, havia previsto que a receita para o quarto trimestre poderia crescer entre 20 e 30 por cento em relação a um ano antes.

Acompanhe tudo sobre:AçõesConcorrênciaempresas-de-tecnologiaHTCIndústria eletroeletrônicaSmartphones

Mais de Mercados

Lucro do Itaú alcança R$ 10,6 bilhões no 3º trimestre e tem alta de 18,1%

O "grande risco" para o mercado em um eventual governo Trump, segundo Paulo Miguel, da Julius Baer

Petrobras volta à carteira do BTG Pactual com foco em possível aumento de dividendos

Eleições americanas podem ditar ritmo de ajuste fiscal no Brasil