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Grendene está com desconto considerável em bolsa, alerta Fator

Analista elevou a recomendação para os papéis de venda para manutenção

O preço-alvo para as ações da companhia subiu para R$ 11,69 até dezembro de 2011 (Divulgação)

O preço-alvo para as ações da companhia subiu para R$ 11,69 até dezembro de 2011 (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2011 às 16h35.

São Paulo – Os resultados da fabricante de calçados Grendene (GRND3), referentes ao quarto trimestre de 2010 e aos primeiros três meses deste ano, animaram a equipe de pesquisa do Banco Fator, que optou nesta terça-feira (31) por elevar o preço-alvo das ações da companhia.

Em relatório, os analistas Renato Prado e Ronaldo Kasinsky aumentaram a estimativa para o valor dos papéis da companhia de 9,01 reais para 11,69 reais até o final de 2011, o que representa um potencial de alta de 31,05% frente à cotação de 8,92 vista no fechamento do pregão de ontem.

A Grendene opera por meio das marcas Grendha, Melissa, Ipanema, Ilhabela e Rider. A Grendene Kids, voltada para o público infantil, possui o licenciamento das marcas Disney, Barbie, Xuxa, Hot Wheels e Marvel.

O Banco Fator levou em consideração em sua análise o desaquecimento nas vendas durante o primeiro trimestre do ano, ocasionado principalmente pela desaceleração econômica nos mercados doméstico e internacional, o que afetou a demanda. Apesar disso, os analistas consideram que a Grendene conseguiu surpreender ao apresentar resultados melhores que o estimado no período.

“Não estamos realizando mudanças significativas em nossa análise, exceto em termos de crescimento da receita líquida e na margem de ganhos para os próximos anos”, comentam Prado e Kasinsky.

Eles acreditam que as ações da Grendene estão sendo negociadas com um desconto considerável em relação a seus pares do setor, já que o múltiplo do valor da empresa sobre a geração de caixa (EV/EBITDA) será baixo nos próximos anos.

Os analistas elevaram a recomendação para as ações de venda para manutenção. “Apesar do considerável potencial de valorização da ação e da forte projeção para o fluxo de caixa nos próximos trimestres, atribuímos a sugestão de manter os papéis por causa da limitada projeção de resultados e dos riscos associados aos negócios da companhia”, justificam.

Como fatores negativos, os analistas apontaram a valorização do real frente ao dólar e a deterioração em potencial das estimativas para o mercado doméstico e internacional no decorrer do ano. Ambos os riscos afetam mais o setor de calçados do que o de varejo, acrescenta a equipe do Banco Fator.

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