Mercados

Ações da Alphabet, holding do Google, caem com alta de custos

Redução nas margens operacionais para 22% ofuscaram bons resultados de vendas divulgados no balando trimestral da holding

Alphabet: queda nas ações contribuiu para redução de aproximadamente 37 bilhões de dólares no valor da empresa este ano (Andrew Harrer/Bloomberg/Bloomberg)

Alphabet: queda nas ações contribuiu para redução de aproximadamente 37 bilhões de dólares no valor da empresa este ano (Andrew Harrer/Bloomberg/Bloomberg)

R

Reuters

Publicado em 24 de abril de 2018 às 19h19.

As ações da Alphabet, holding que controla o Google, caíram 5 por cento nesta terça-feira, à medida que um aumento nos custos levou ao que analistas disseram que ser a maior contração nas margens brutas da empresa, ofuscando as vendas fortes de anúncios do primeiro trimestre.

A queda nas margens operacionais do primeiro trimestre para 22 por cento, ante 27 por cento a um ano atrás, sucede seis semanas problemáticas para grandes players de tecnologia dos Estados Unidos, que agora enfrentam um público mais questionador e a perspectiva de maior fiscalização de autoridades em questões de privacidade.

A queda nas ações da Alphabet após a divulgação do balanço do primeiro trimestre na noite de segunda-feira contribuiu para uma redução de aproximadamente 37 bilhões de dólares no valor da empresa este ano.

Outros membros do grupo FAANG de ações de tecnologia, incluindo Amazon.com, Facebook, Netflix e Apple, também acompanharam esse movimento de retração.

Pelo menos nove corretoras reduziram o preço-alvo para ações da Alphabet, em comparação com cinco que elevaram as projeções.

Mas os analistas estavam relutantes em colocar a culpa na discussão sobre os dados de usuários, que engoliram o Facebook e ameaçam encorajar mais regulamentação para empresas de internet.

"Há risco regulatório, embora ainda não tenhamos encontrado evidências de que as regulamentações afetarão negativamente a utilidade do Google para consumidores ou anunciantes", disseram analistas da RBC.

Os gastos de capital de longo prazo no Google quase triplicaram no primeiro trimestre, para 7,3 bilhões de dólares, ante 2,5 bilhões em igual período um ano atrás.

A empresa informou que os contínuos aumentos de custos vieram da aquisição de direitos de transmissão para o novo serviço de TV do YouTube e do marketing de novos produtos.

Os executivos do Google dizem que os gastos para instalar computadores poderosos e cabos de internet são necessários para acompanhar a demanda pelo YouTube, o serviço de ajuda virtual do Google Assistant e as ferramentas de análise de dados nos serviços do Google Cloud.

Acompanhe tudo sobre:AçõesAlphabetGoogleMercado financeiro

Mais de Mercados

Ações da Tesla caem no aftermarket após queda de 45% no lucro do 2º tri

Biden sai e Kamala entra? Como o turbilhão nos EUA impacta as ações americanas, segundo o BTG

Por que Mohamed El-Erian, guru de Wall Street, está otimista com o cenário econômico

Ibovespa fecha em queda de 1% pressionado por Vale (VALE3)

Mais na Exame