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Construtoras seguem em alta, diz JPMorgan

Ações do setor de construção civil acumulam alta de 52% desde 20 de maio

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2010 às 17h21.

São Paulo - Embora as ações de construtoras e incorporadoras já tenham registrado forte valorização este ano, o setor ainda apresenta maior potencial de valorização, afirma o JPMorgan em relatório nesta sexta-feira.

Na visão do banco, o setor deve registrar aumento de 15 a 20 por cento no nível de lançamentos e vendas contratadas em 2011, somado à média de crescimento de entre 40 e 60 por cento prevista para este ano.

"Os lucros devem continuar crescendo a taxas de dois dígitos", afirmam os analistas Adrian Huerta e Marcelo Motta.

Por outro lado, entre os riscos ao setor, o banco aponta inflação, especialmente em termos de custos com mão de obra, e execução, tanto para produção quanto para entregas.

"Ainda é bastante cedo para ver qualquer desenvolvimento negativo nos próximos 2 a 3 trimestres", ponderam os analistas.

Segundo eles, a previsão de aperto inflacionário no ano que vem pode afetar o setor, considerando que o segmento sempre esteve abaixo da média do mercado durante outros períodos similares. "Entretanto, acreditamos que ainda é prematuro antecipar este risco potencial."

Para o próximo ano, o JPMorgan prevê uma manutenção do cenário de valorização, apoiada em resultados robustos para o quarto trimestre de 2010 --que serão reportados no início do ano seguinte.

"Acreditamos que há maior potencial de valorização para o ano que vem (...) na nossa visão, os resultados do quarto trimestre serão bastante fortes e as previsões de crescimento para 2011 terão de ser revisadas para cima."

As ações do setor de construção civil acumulam alta de 52 por cento desde 20 de maio, contra valorização de 28 por cento do Ibovespa, sendo que grande parte dos papéis vem operando perto do maior nível em um ano.

Com base nesse cenário, o JPMorgan elevou os preços-alvo até dezembro de cinco das seis companhias que compõem a carteira teórica do Ibovespa.

O preço-alvo de MRV passou de 16 para 23 reais; o de PDG Realty, de 23 para 30 reais; o de Rossi, de 17 para 22 reais, o de Cyrela, de 28 para 29 reais; e o de Gafisa, de 17 para 18 reais.

Dentre essas empresas, a PDG informou no início deste mês que, no acumulado de janeiro a setembro, suas vendas chegaram a 4,76 bilhões de reais, expansão anual de 59,3 por cento. Já os lançamentos atingiram 4,90 bilhões de reais no período, alta de quase 80 por cento.

A MRV, por sua vez, anunciou na quinta-feira vendas de 2,6 bilhões de reais nos nove primeiros meses do ano, montante 25,8 por cento acima do comercializado em igual período de 2009, e lançamentos de 2,752 bilhões de reais, aumento de 79,5 por cento.

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