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Ação ON da Petrobras é a única abaixo do Ibovespa em 12 meses

Levantamento da Economática mostra que estatal teve o pior ganho real entre 340 ações pesquisadas

Ação ordinária é a única que não conseguiu superar Ibovespa nos últimos 12 meses, mostra estudo da Economática (.)

Ação ordinária é a única que não conseguiu superar Ibovespa nos últimos 12 meses, mostra estudo da Economática (.)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 15h21.

São Paulo - Se 2010 foi o ano em que a Petrobras entrou para a história, não significa que o saldo seja necessariamente positivo para seus acionistas. A dona da maior capitalização de todos os tempos do mercado financeiro mundial também possui a única ação em 340 listadas na BM&FBovespa que não conseguiu bater o Ibovespa nos últimos 12 meses.

A ação ordinária da estatal (PETR3) é a única da amostra (um número ainda maior que as 66 listados no Ibovespa) que não conseguiu ganhar do principal índice da bolsa brasileira em nenhuma ocasião nos últimos 12 meses. O levantamento, feito pela consultoria Economática, aponta a ação preferencial da Petrobras (PETR4) como a segunda menos eficiente, ganhando do Ibovespa em apenas um dos meses.

O estudo levou em consideração a distribuição de dividendos e portanto o ganho calculado e o real, considerando re-investimento dos dividendos na compra de novas ações da empresa.

Papéis tombam

O desempenho abaixo da linha do mercado reflete a pressão sofrida pelo papel frente à megacapitalização, que marcou o calendário dos mercados este ano. Nos últimos 12 meses, seus papéis ordinários se desvalorizaram em 30,21%, enquanto os preferenciais perderam 25,4% do seu valor.

Foram meses de tombos seguidos para a ação, com a ansiedade pré-oferta substituída pela chuva de recomendações negativas de bancos de investimentos depois do período de silêncio. Só na primeira semana de pregão pós oferta,  as ações da estatal brasileira caíram cerca de 5%.

Entre os pontos comuns apontados pelos analistas, sobressaem o efeito de diluição dos acionistas após a capitalização de 120 bilhões de reais e o valor definido para o preço do barril de petróleo (8,51 dólares) no processo de cessão onerosa dos 5 bilhões de barris no pré-sal, considerado muito alto.


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