Ação do JPMorgan dispara ao maior nível em 11 meses após resultado do 1º tri
Maior banco americano elevou sua estimativa para a receita de intermediação financeira e registrou um aumento inesperado nos depósitos
Agência de notícias
Publicado em 14 de abril de 2023 às 12h15.
As ações do JPMorgan tiveram seu maior salto em quase 11 meses nesta sexta-feira, 14, depois que o maior banco dos EUA elevou sua estimativa para a receita de intermediação financeira e divulgou um aumento inesperado nos depósitos. A reação vem após o balanço do primeiro trimestre do banco, divulgado nesta manhã.
No resultado, a receita de intermediação — ou quanto o banco ganha com a diferença entre os juros que cobra e seus custos de captação — saltou 49%.
O aumento veio acima do esperado e o gigante de Wall Street disse que agoraespera que a receita de intermediação chegue a cerca de US$ 81 bilhões este ano, ante uma previsão de US$ 73 bilhões em janeiro. Os depósitos subiram 2% desde o final do ano passado.
O JPMorgan e outros grandes credores estão se beneficiando dos aumentos agressivos de juros do Federal Reserve ( Fed, o banco central americano), que visam controlar a inflação, mas também impulsionam a receita dos bancos com operações de crédito. O Wells Fargo, que também divulgou seu balanço hoje de manhã, apresentou uma alta de 45% na receita de intermediação do trimestre.
Na máxima, as ações do JPMorgan saltaram até 7% em Nova York, para US$ 138,28, o maior ganho intradiário desde maio passado.
O que diz a administração do JPMorgan
“A economia dos EUA continua, no geral, em bases sólidas — os consumidores ainda estão gastando e têm finanças fortes, e os negócios estão em boa forma”, disse o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, na sexta-feira. “No entanto, as nuvens de tempestade que monitoramos há um ano permanecem no horizonte, e a turbulência do setor bancário aumenta esses riscos.”
A receita de intermediação foi de US$ 20,7 bilhões no trimestre, acima das expectativas dos analistas. Mas o JPMorgan disse que ainda há “fontes significativas de incerteza” em suas perspectivas para o ano inteiro.
Em teleconferência com analistas, o CFO Jeremy Barnum disse que a previsão da empresa para o indicador pressupõe saídas modestas de depósitos nos próximos trimestres. Dimon disse em uma teleconferência com jornalistas que a receita de intermediação cairá significativamente no próximo ano.
Os depósitos do banco com sede em Nova York saltaram para US$ 2,38 trilhões no final de março, ante US$ 2,34 trilhões três meses antes. O fluxo positivo de recursos de clientes mais do que compensou o impacto da da inflação e clientes que buscam alternativas de maior rendimento fora dos bancos.
O JPMorgan aumentou suas provisões para empréstimos problemáticos em US$ 1,1 bilhão, e os resultados incluíram um impacto de US$ 868 milhões em perdas líquidas com investimentos.
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