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Ação da Vigor despenca em seu retorno à Bovespa

Ações da empresa despencavam mais de 20% nesta sexta-feira

Fábrica da Vigor: Às 15h02, a ação da Vigor, que não faz parte do Ibovespa, caía 21,8%, a 6,22 reais, enquanto o índice recuava 0,02%. A ação da JBS tinha queda de 1,32%
DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2012 às 15h45.

São Paulo - As ações da Vigor despencavam mais de 20% nesta sexta-feira, em sessão que marca o retorno do papel à bolsa paulista após mais de três anos fora do mercado, com analistas mostrando reservas diante das premissas de crescimento para a empresa de lácteos controlada pelo grupo JBS.

"O mercado não está mostrando muito otimismo com as projeções de crescimento apresentadas pela empresa", disse Gabriel Ribeiro, da equipe de análise da UM Investimentos. "Além disso, a subscrição da OPA de permuta também foi mais fraca do que se esperava, e existem incertezas sobre a participação dos controladores na oferta."

Em evento na Bovespa nesta sexta-feira, o presidente da Vigor, Gilberto Xandó, afirmou que a companhia pretende crescer acima da média do setor, entre 20 a 25% por ano, meta a ser atingida nos próximos dez anos.

"O mercado está questionando essa estimativa que a empresa anunciou de crescimento de 25% ao ano. É uma margem muito puxada em relação às condições atuais do setor", afirmou um analista de uma corretora paulista que pediu para não ser identificado. "Também vale lembrar que os investidores têm certas ressalvas com o setor de laticínios na bolsa, com o histórico da Laep e da própria Vigor", afirmou.


As ações da Vigor chegaram a ser negociadas na bolsa entre 1984 e 2008, mas a companhia teve seu capital fechado pelo Bertin, empresa que posteriormente foi comprada pela JBS.

A Vigor foi separada de sua controladora por meio de leilão de permuta de ações ordinárias (OPA) da JBS realizado na quinta-feira. Do total de 148 milhões de ações ofertadas, foram negociadas cerca de 80% na operação de permuta.

Além da demanda abaixo do esperado para a OPA, um operador de uma corretora paulista também destaca que o forte recuo do papel reflete um ajuste para o patamar de 5% do valor de mercado da JBS. "O mercado fez as contas e viu que o preço estava acima, então é natural ocorrer esse ajuste."

No retorno ao mercado nesta sexta-feira, a ação da Vigor abriu o pregão negociada a 7,96 reais na Bovespa. A companhia começou listada em valor que representaria entre 5 a 7% do valor de mercado da JBS, de cerca de 18 bilhões de reais.

Às 15h02, a ação da Vigor, que não faz parte do Ibovespa, caía 21,8%, a 6,22 reais, enquanto o índice recuava 0,02%. A ação da JBS tinha queda de 1,32%.

Em 10 de fevereiro de 2009, o Bertin, que na época era controlador da Vigor, fez leilão de OPA para cancelamento de registro das ações da Vigor então no mercado.

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São Paulo - As ações da Vigor despencavam mais de 20% nesta sexta-feira, em sessão que marca o retorno do papel à bolsa paulista após mais de três anos fora do mercado, com analistas mostrando reservas diante das premissas de crescimento para a empresa de lácteos controlada pelo grupo JBS.

"O mercado não está mostrando muito otimismo com as projeções de crescimento apresentadas pela empresa", disse Gabriel Ribeiro, da equipe de análise da UM Investimentos. "Além disso, a subscrição da OPA de permuta também foi mais fraca do que se esperava, e existem incertezas sobre a participação dos controladores na oferta."

Em evento na Bovespa nesta sexta-feira, o presidente da Vigor, Gilberto Xandó, afirmou que a companhia pretende crescer acima da média do setor, entre 20 a 25% por ano, meta a ser atingida nos próximos dez anos.

"O mercado está questionando essa estimativa que a empresa anunciou de crescimento de 25% ao ano. É uma margem muito puxada em relação às condições atuais do setor", afirmou um analista de uma corretora paulista que pediu para não ser identificado. "Também vale lembrar que os investidores têm certas ressalvas com o setor de laticínios na bolsa, com o histórico da Laep e da própria Vigor", afirmou.


As ações da Vigor chegaram a ser negociadas na bolsa entre 1984 e 2008, mas a companhia teve seu capital fechado pelo Bertin, empresa que posteriormente foi comprada pela JBS.

A Vigor foi separada de sua controladora por meio de leilão de permuta de ações ordinárias (OPA) da JBS realizado na quinta-feira. Do total de 148 milhões de ações ofertadas, foram negociadas cerca de 80% na operação de permuta.

Além da demanda abaixo do esperado para a OPA, um operador de uma corretora paulista também destaca que o forte recuo do papel reflete um ajuste para o patamar de 5% do valor de mercado da JBS. "O mercado fez as contas e viu que o preço estava acima, então é natural ocorrer esse ajuste."

No retorno ao mercado nesta sexta-feira, a ação da Vigor abriu o pregão negociada a 7,96 reais na Bovespa. A companhia começou listada em valor que representaria entre 5 a 7% do valor de mercado da JBS, de cerca de 18 bilhões de reais.

Às 15h02, a ação da Vigor, que não faz parte do Ibovespa, caía 21,8%, a 6,22 reais, enquanto o índice recuava 0,02%. A ação da JBS tinha queda de 1,32%.

Em 10 de fevereiro de 2009, o Bertin, que na época era controlador da Vigor, fez leilão de OPA para cancelamento de registro das ações da Vigor então no mercado.

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