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Abertura de Mercado: pacote de US$ 1 tri nos EUA alimenta tese de reflação

Possível aprovação deve beneficiar bancos e empresas ligadas a commodities, diz analista-chefe de ações do BTG Pactual Digital

Joe Biden: presidente americano quer injetar mais de 1 trilhão de dólares em investimentos em infraestrutura (Kevin Lamarque/Reuters)

Joe Biden: presidente americano quer injetar mais de 1 trilhão de dólares em investimentos em infraestrutura (Kevin Lamarque/Reuters)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 22 de julho de 2021 às 09h39.

O pacote de infraestrutura americano que prevê investimentos de 1,2 trilhão de dólares durante cinco anos deve voltar a ser votado no Senado na próxima semana, segundo a Associated Press. Na quarta-feira, 21, a proposta foi barrada por senadores republicanos, que devem voltar a discutir o tema com o Partido Democrata nos próximos dias.

A possível aprovação do pacote, diz Bruno Lima, analista-chefe de ações do BTG Pactual Digital, deve reforçar a tese de reflação (inflação posterior a períodos de retração) entre investidores. 

“De uns 20 dias para cá, o Federal Reserve tem convencido de que a inflação é transitória, com o mercado reduzindo posições na tese de reflação”, disse na Abertura de Mercado desta quinta-feira, 22. 

Como consequência, investidores aumentaram a exposição em ações de tecnologia e o rendimento do título americano de 10 anos, que refletem as expectativas de inflação, caíram para 1,128% nesta semana. 

No entanto, na véspera, quando a proposta trilionária foi ao Senado, o rendimento do título de 10 anos saltou para cerca de 1,30%. “Isso mostra que o mercado ainda está dividido sobre o tema”, comentou Lima.

“A discussão sobre o pacote de infraestrutura acaba suportando a tese de inflação global. Por mais que o pacote tenha impacto econômico em um prazo mais longo, pelo sentimento de mercado, ele dá suporte aos juros americanos mais altos”, afirmou.

Caso o pacote de infraestrutura seja aprovado, Lima vê um favorecimento às ações de empresas relacionadas à economia americana. De acordo com o analista, o fortalecimento da tese de reflação também tende a beneficiar papéis de bancos e ligados a commodities. 

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