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Aberdeen tem planos no Brasil; quer atrair fundos de pensão

Companhia espera concluir dentro de semanas o lançamento de um fundo multimercado com ações e dívida pública no Brasil

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2014 às 08h38.

São Paulo - A Aberdeen Asset Management espera concluir dentro de semanas o lançamento de um fundo multimercado com ações e dívida pública no Brasil, disseram executivos.

Maior gestora de recursos independente da Europa, a escocesa lançará o fundo mesclando ativos de dívida pública e ações selecionadas do IBX, disse George Kerr, gerente sênior de desenvolvimento de negócios de Aberdeen no Brasil.

Os fundos de pensão são os principais clientes potenciais do produto. O valor pretendido da captação não foi revelado.

O fundo terá uma estratégia "long only", na qual os gestores apostam na valorização dos papéis no longo prazo, disse Nick Robinson, diretor de renda variável e co-responsável pela gestão de cerca de 13 bilhões de dólares investidos no país.

Segundo Robinson, a demanda por estruturas semelhantes e por produtos para investir no exterior é crescente entre os fundos de pensão locais, que buscam aumentar os retornos.

Para os executivos, as recentes medidas sugeridas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a indústria de fundos, que entre outros itens sugere facilitar o acesso de investidores a ativos do exterior, deve incrementar esse movimento.

A diversificação para fora tem crescido entre investidores locais, à medida que as expectativas de queda gradual dos juros nos próximos anos tornam títulos públicos menos atraentes, aumentando o interesse por ativos mais arriscados.

"Acreditamos que a tendência de aumento da demanda por ativos mais sofisticados seguirá ganhando força nos próximos anos", disse Kerr.

O racional de investimento da Aberdeen no Brasil se concentra mais na seleção de empresas do que na análise setorial ou macroeconômica.

A gestora diz ter especial interesse em empresas com boa gestão e governança, fortes geração de caixa e modelo de negócio sustentável.

Por isso mesmo, os gestores dizem que o resultado da corrida presidencial no Brasil neste ano não importa tanto.

Segundo eles, o que mais preocupa são os efeitos da desmontagem do programa de estímulos monetários nos Estados Unidos sobre mercados emergentes, como o Brasil.

"Os governos precisarão tomar medidas para atrair capital externo", disse Robinson.

De todo modo, entre as ativos que considera mais atraentes, estão ações de empresas de varejo e de serviços com foco no consumo doméstico, bancos, empresas financeiras não-bancárias, e operadoras de shopping centers.

No Brasil, a Aberdeen, que administra cerca de 540 bilhões de dólares em ativos no mundo todo, tem participações que variam de 6 a 17 por cento em empresas como Lojas Renner, Multiplan, Bradesco, Iguatemi e Odontoprev.

De forma geral, os executivos avaliam que os ativos brasileiros estão com preços mais atraentes do que em outros mercados latino-americanos, que neste momento têm maior simpatia dos investidores, como Peru, Chile, Colômbia e México.

A gestora tem evitado ações de prestadoras de serviços públicos, empresas de telecomunicações e exportadores. "São setores que têm a reputação de ser defensivos, mas isso não têm sido verdade ao longo do tempo", disse, mencionando os dois primeiros segmentos.

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São Paulo - A Aberdeen Asset Management espera concluir dentro de semanas o lançamento de um fundo multimercado com ações e dívida pública no Brasil, disseram executivos.

Maior gestora de recursos independente da Europa, a escocesa lançará o fundo mesclando ativos de dívida pública e ações selecionadas do IBX, disse George Kerr, gerente sênior de desenvolvimento de negócios de Aberdeen no Brasil.

Os fundos de pensão são os principais clientes potenciais do produto. O valor pretendido da captação não foi revelado.

O fundo terá uma estratégia "long only", na qual os gestores apostam na valorização dos papéis no longo prazo, disse Nick Robinson, diretor de renda variável e co-responsável pela gestão de cerca de 13 bilhões de dólares investidos no país.

Segundo Robinson, a demanda por estruturas semelhantes e por produtos para investir no exterior é crescente entre os fundos de pensão locais, que buscam aumentar os retornos.

Para os executivos, as recentes medidas sugeridas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a indústria de fundos, que entre outros itens sugere facilitar o acesso de investidores a ativos do exterior, deve incrementar esse movimento.

A diversificação para fora tem crescido entre investidores locais, à medida que as expectativas de queda gradual dos juros nos próximos anos tornam títulos públicos menos atraentes, aumentando o interesse por ativos mais arriscados.

"Acreditamos que a tendência de aumento da demanda por ativos mais sofisticados seguirá ganhando força nos próximos anos", disse Kerr.

O racional de investimento da Aberdeen no Brasil se concentra mais na seleção de empresas do que na análise setorial ou macroeconômica.

A gestora diz ter especial interesse em empresas com boa gestão e governança, fortes geração de caixa e modelo de negócio sustentável.

Por isso mesmo, os gestores dizem que o resultado da corrida presidencial no Brasil neste ano não importa tanto.

Segundo eles, o que mais preocupa são os efeitos da desmontagem do programa de estímulos monetários nos Estados Unidos sobre mercados emergentes, como o Brasil.

"Os governos precisarão tomar medidas para atrair capital externo", disse Robinson.

De todo modo, entre as ativos que considera mais atraentes, estão ações de empresas de varejo e de serviços com foco no consumo doméstico, bancos, empresas financeiras não-bancárias, e operadoras de shopping centers.

No Brasil, a Aberdeen, que administra cerca de 540 bilhões de dólares em ativos no mundo todo, tem participações que variam de 6 a 17 por cento em empresas como Lojas Renner, Multiplan, Bradesco, Iguatemi e Odontoprev.

De forma geral, os executivos avaliam que os ativos brasileiros estão com preços mais atraentes do que em outros mercados latino-americanos, que neste momento têm maior simpatia dos investidores, como Peru, Chile, Colômbia e México.

A gestora tem evitado ações de prestadoras de serviços públicos, empresas de telecomunicações e exportadores. "São setores que têm a reputação de ser defensivos, mas isso não têm sido verdade ao longo do tempo", disse, mencionando os dois primeiros segmentos.

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