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A sinalização do Fed, prévia do payroll e PMIs: 3 assuntos que movem o mercado

Ata da última decisão de política monetária dos Estados Unidos fala em necessidade de queda de juros neste ano

Jerome Powell, presidente do Fed (Al Drago/Bloomberg)
Guilherme Guilherme

Repórter de Invest

Publicado em 4 de janeiro de 2024 às 07h05.

Última atualização em 4 de janeiro de 2024 às 07h08.

Os índices futuros americanos sobem na manhã desta quinta-feira, 4, indicando o primeiro pregão de alta em Wall Street em 2024. Após o otimismo que marcou o rali do fim de 2023, as bolsas dos Estados Unidos iniciaram o ano cambaleantes, com duas quedas seguidas. Além da dúvidas sobre se a intensidade do ciclo de afrouxamento monetário a ser iniciado pelo Federal Reserve, a piora das perspectivas sobre as ações da Apple, a mais representativa do mercado americano, tiveram impactos negativos. Um relatório da Barclays, com recomendação de venda da ação, foi gatilho para a perda de mais de US$ 100 bilhões em valor de mercado.

A sinalização do Fed

O que ajuda a tirar o peso negativo sobre as negociações deste ano são as indicações presentes na ata do Federal Reserve (Fed), divulgada no fim da última tarde. Como já sinalizado pelo presidente do Fed, Jerome Powell, o documento mostrou que foi mesmo discutida na última reunião a possibilidade de queda de juros, ainda que sem uma data estipulada.

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"Nas suas projeções apresentadas, quase todos os participantes indicaram que, refletindo as melhorias nas suas perspectivas de inflação, as suas projeções de base implicavam que um intervalo-alvo mais baixo para a taxa de juros seria apropriado até ao final de 2024", afirmou o documento.

"Embora o cenário tenha se mostrado majoritariamente positivo ao longo do documento, os membros do comitê ressaltaram a importância de se atentar para os riscos de alta da inflação nos próximos períodos, especialmente por conta dos  preços do setor de serviços, que devem se mostrar mais resiliente que outros componentes do núcleo da inflação, como no caso dos bens industriais.", afirma em nota Matheus Pizzani, economista da CM Capital.

Prévia do Payroll

É com o intuito de entender os efeitos sobre a inflação de serviços e o nível da atividade econômica que investidores aguardam novos dados do mercado de trabalho americano nesta quinta. A principal divulgação ficará com os números do Instituto ADP. A expectativa é de que tenham sido criados 115.000 empregos privados em dezembro, mais que os 103.000 registrados no mês anterior.

Os dados são considerados uma prévia dos números oficiais que serão divulgados nesta sexta-feira, 5, para quando está previsto o payroll e a taxa de desemprego dos Estados Unidos. Na véspera, foi divulgadaPesquisa de Vagas de Emprego e Rotatividade de Mão de Obra (JOLTS, na sigla em inglês), com oferta de 8,790 milhões de empregos em novembro. A quantia saiu levemente abaixo do consenso de 8,85 milhões.

PMIs

Também segue no radar dos investidores os Índices de Gerente de Compras (PMIs, na sigla em inglês), que estão sendo divulgados nas principais economias do mundo. Os PMIs Composto e de Serviços dos Estados Unidos medidos pela S&P sairão às 11h45, com expectativa de que fique próximo de 51 pontos, pouco acima da linha dos 50 pontos que delimita a expansão da contração da atividade. Ainda na noite de ontem foi divulgado o PMI da China, que ficou em 52,9 pontos, superando  o consenso de mercado de 51,6 pontos.

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