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A Oi está ficando para trás, e suas ações também

Para o HSBC, empresa não consegue repor as perdas na telefonia fixa com a demanda por outros serviços

Loja da Oi em um shopping (Marcelo Correa/EXAME)

Loja da Oi em um shopping (Marcelo Correa/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2011 às 16h36.

São Paulo – Embora esteja rodeada por oportunidades, a operadora Oi ainda enfrenta dificuldades, pois “está perdendo o barco” da banda larga, TV por assinatura e telefonia móvel no Brasil, avalia a equipe de pesquisa do HSBC. O banco reduziu nesta segunda-feira o preço-alvo e a recomendação para os papéis da companhia.

Em relatório, os analistas Richard Dineen e Sean Glickenhaus cortaram o preço-alvo para as ações preferenciais da Tele Norte Leste Participações (TNPL4) de 31 reais para 21 reais em 12 meses. O novo valor representa um potencial de 10,75% frente à cotação de 18,96 reais vista no fechamento do último pregão.

Para os papéis da Telemar (TMAR5), a redução foi de 56 reais para 46 reais em 12 meses, o que corresponde a um potencial de ganho de 9,70% diante da cotação de 41,93 reais registrada ontem. A recomendação para ambos os ativos foi diminuída de neutra para underweight (alocação abaixo da média do mercado).

Segundo os analistas do HSBC, as fortes iniciativas de cortes de custos adotadas pela Oi em 2010 enfraqueceram competitivamente a empresa, tanto em telefonia fixa como móvel. Uma forma de compensar isso seria apostar em segmentos novos que apresentam crescimento, como banda larga e TV por assinatura, dizem.


“Entretanto, apesar da forte demanda por esses serviços no Brasil, a Oi tem deixado de tirar proveito da situação”, afirmam Dineen e Glickenhaus. Eles destacam ainda que fusões e aquisições no mercado internacional de língua portuguesa, principalmente após a união da Oi com a Portugal Telecom, também representam risco de baixa para as ações da companhia.

Governança corporativa

O HSBC ainda alerta para as preocupações contínuas quanto à governança corporativa da companhia. “Há grandes expectativas de que a Oi implemente uma política formal de dividendos em 2012. Acreditamos, porém, que investimentos pesados de capital visando recuperar a competitividade, bem como passivos não cobertos, possam restringir o fluxo de caixa e os retornos”, avaliam.

Sobre a simplificação corporativa, que visa ganhar a visibilidade do mercado ao concentrar as negociações dos 7 papéis da empresa para apenas ações da Brasil Telecom, o banco acredita que ela deve trazer “maior transparência” e, teoricamente, aumentar o atrativo da Oi junto a investidores internacionais.

“Entretanto, acreditamos que está hoje disseminada e enraizada uma percepção negativa quanto ao tratamento histórico dado pela Oi aos minoritários, e não esperamos um aumento relevante no interesse num prazo mais curto em consequência da consolidação das ações”.

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