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A hora é boa para comprar ações da Vale, diz BlackRock

Há movimentos da China para impulsionar o crescimento da mineradora, além da valorização do dólar favorecer as exportações

"Temos aumentado nossa posição na Vale e em outras exportadoras que não estão entre as dez maiores", disse Will Landers, administrador de portfólio da gestora (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2012 às 15h33.

Rio de Janeiro - O momento é propício para a compra de ações da Vale , avalia Will Landers, administrador de portfólio para América Latina da gestora global de fundos BlackRock. Segundo ele, abre uma janela para os investidores o fato de a mineradora não ter tido performance melhor nas últimas semanas, apesar de movimentos da China para impulsionar seu crescimento e da valorização do dólar favorecendo as exportações.

"Temos aumentado nossa posição na Vale e em outras exportadoras que não estão entre as dez maiores", disse Landers, citando as desonerações do governo na folha de pagamentos como outro ponto favorável aos exportadores. Ele participou nesta terça-feira do Rio Investors Day, evento na capital fluminense.

Sobre Petrobras, o executivo não acredita que o câmbio terá impacto significativo. A questão crucial para a estatal é saber quando haverá aumento nos preços da gasolina e do diesel. "Eles precisam ter geração de caixa para pagar por seu plano de investimento. Estamos esperando para avaliar o primeiro plano (de cinco anos) da nova presidente (Graça Foster)", afirmou.

Landers é o responsável por gerir um patrimônio de US$ 7 bilhões em fundos com foco na América Latina. O Brasil representa 65% desses recursos. Hoje 7,5% dos recursos dos fundos ativos de América Latina estão alocados em Petrobras, enquanto a Vale fica com uma fatia de 10%.

Para o executivo, a redução da taxa básica de juros (Selic) também abre oportunidades de investimento em empresas ligadas ao consumo doméstico, que tende a voltar a crescer.

A BlackRock vem reduzindo a posição no setor bancário em seu portfólio, o que se agravou após as ações do governo para forçar a redução de spreads dos bancos privados. "Os bancos estão baratos mas não temos certeza absoluta de qual vai ser o nível de rentabilidade por essas interferências do governo e isso atrapalha porque você não pode confiar no lucro projetado."

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"Temos aumentado nossa posição na Vale e em outras exportadoras que não estão entre as dez maiores", disse Landers, citando as desonerações do governo na folha de pagamentos como outro ponto favorável aos exportadores. Ele participou nesta terça-feira do Rio Investors Day, evento na capital fluminense.

Sobre Petrobras, o executivo não acredita que o câmbio terá impacto significativo. A questão crucial para a estatal é saber quando haverá aumento nos preços da gasolina e do diesel. "Eles precisam ter geração de caixa para pagar por seu plano de investimento. Estamos esperando para avaliar o primeiro plano (de cinco anos) da nova presidente (Graça Foster)", afirmou.

Landers é o responsável por gerir um patrimônio de US$ 7 bilhões em fundos com foco na América Latina. O Brasil representa 65% desses recursos. Hoje 7,5% dos recursos dos fundos ativos de América Latina estão alocados em Petrobras, enquanto a Vale fica com uma fatia de 10%.

Para o executivo, a redução da taxa básica de juros (Selic) também abre oportunidades de investimento em empresas ligadas ao consumo doméstico, que tende a voltar a crescer.

A BlackRock vem reduzindo a posição no setor bancário em seu portfólio, o que se agravou após as ações do governo para forçar a redução de spreads dos bancos privados. "Os bancos estão baratos mas não temos certeza absoluta de qual vai ser o nível de rentabilidade por essas interferências do governo e isso atrapalha porque você não pode confiar no lucro projetado."

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