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À espera do Fed e testando BC, dólar se aproxima de R$2,45

Fed deve anunciar mais um corte em seus estímulos monetários no final desta tarde

Dólar: às 10h24, o dólar subia 0,47 por cento, a 2,4380 reais na venda, mas já chegou a bater 2,4467 reais na máxima do dia. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 26 milhões de dólares (Susana Gonzalez/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 09h35.

São Paulo - O dólar avançava nesta quarta-feira, caminhando em direção ao nível de 2,45 reais, com investidores sob a expectativa com o Federal Reserve --que deve anunciar mais um corte em seus estímulos monetários no final desta tarde-- e também testando até que ponto o Banco Central brasileiro permitirá o fortalecimento da divisa norte-americana.

Às 10h24, o dólar subia 0,47 por cento, a 2,4380 reais na venda, mas já chegou a bater 2,4467 reais na máxima do dia. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 26 milhões de dólares.

"Com as notícias fracas que vêm vindo sobre o cenário interno e somando a ansiedade com o Federal Reserve (banco central norte-americano), o pessoal já se prepara para o pior cenário", afirmou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

"Além disso, o pessoal especula sobre em que momento o BC vai intervir (mais) para conter a alta do dólar", acrescentou.

O mercado trabalha sob ampla expectativa de que o Fed anuncie nesta quarta-feira novo corte de 10 bilhões de dólares em seus estímulos mensais, a 65 bilhões de dólares, o que reduz ainda mais a oferta global de liquidez.

A decisão vem num momento de persistentes preocupações com a situação econômica brasileira e, no fronte global, constante mau humor com mercados emergentes.

Para combater essa desconfiança, o banco central turco elevou na véspera suas principais taxas de juros, mas o anúncio não foi capaz de segurar a alta da moeda norte-americana frente ao real.


Esse movimento No câmbio pode preocupar o BC, uma vez que tende a contaminar a inflação por meio do encarecimento de importados. Segundo analistas, a escalada da moeda norte-americana pode levar a autoridade monetária a realizar intervenções adicionais no mercado.

"O mercado está tentando o BC. Se o dólar continuar subindo tanto, ele vai precisar entrar mais no mercado", ressaltou o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.

Nesta manhã, o BC deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes a venda futura de dólares. Foram 2 mil contratos com vencimento em 1º de setembro e 2 mil em 1º de dezembro deste ano. A operação teve volume financeiro equivalente a 197,2 milhões de dólares.

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Às 10h24, o dólar subia 0,47 por cento, a 2,4380 reais na venda, mas já chegou a bater 2,4467 reais na máxima do dia. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 26 milhões de dólares.

"Com as notícias fracas que vêm vindo sobre o cenário interno e somando a ansiedade com o Federal Reserve (banco central norte-americano), o pessoal já se prepara para o pior cenário", afirmou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

"Além disso, o pessoal especula sobre em que momento o BC vai intervir (mais) para conter a alta do dólar", acrescentou.

O mercado trabalha sob ampla expectativa de que o Fed anuncie nesta quarta-feira novo corte de 10 bilhões de dólares em seus estímulos mensais, a 65 bilhões de dólares, o que reduz ainda mais a oferta global de liquidez.

A decisão vem num momento de persistentes preocupações com a situação econômica brasileira e, no fronte global, constante mau humor com mercados emergentes.

Para combater essa desconfiança, o banco central turco elevou na véspera suas principais taxas de juros, mas o anúncio não foi capaz de segurar a alta da moeda norte-americana frente ao real.


Esse movimento No câmbio pode preocupar o BC, uma vez que tende a contaminar a inflação por meio do encarecimento de importados. Segundo analistas, a escalada da moeda norte-americana pode levar a autoridade monetária a realizar intervenções adicionais no mercado.

"O mercado está tentando o BC. Se o dólar continuar subindo tanto, ele vai precisar entrar mais no mercado", ressaltou o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.

Nesta manhã, o BC deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes a venda futura de dólares. Foram 2 mil contratos com vencimento em 1º de setembro e 2 mil em 1º de dezembro deste ano. A operação teve volume financeiro equivalente a 197,2 milhões de dólares.

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