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À espera do Copom, juros futuros curtos sobem

Analistas esperam que nova taxa Selic tenha aumento de 0,5%

Os contratos futuros de DI com vencimento curto foram mais negociados nesta quarta-feira (Germano Luders/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2011 às 16h22.

São Paulo - A curva de juros mantinha o formato da véspera ao término da negociação normal da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), com as projeções dos contratos de depósito interfinanceiro (DI) de curto prazo em alta, enquanto os demais estavam em baixa. Os vencimentos próximos espelham as expectativas para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), hoje à noite, com o mercado sustentando a aposta majoritária de alta da taxa Selic em 0,5 ponto porcentual, para 11,25% ao ano, sem, entretanto, descartar a possibilidade de um aumento de 0,75 ponto porcentual.

Os DIs de médio e longo prazos, por sua vez, deram continuidade à realização de lucros iniciada ontem, sob a influência, ainda que indireta, do comportamento dos juros pagos pelo títulos do Tesouro norte-americano (Treasuries).

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No dia D para a taxa Selic, a negociação de contratos futuros de DI esteve concentrado nos vencimentos curtos. Ao final da negociação normal da BM&F, o DI de fevereiro de 2011 (686.610 contratos negociados) projetava taxa de 11,11% ao ano, de 11,06% no ajuste de ontem; o DI de abril de 2011 (252.245 contratos) subia de 11,37% para 11,39% ao ano. O DI de janeiro de 2012 (269.530 contratos) passava de 12,41% para 12,42% ao ano e o DI de janeiro de 2013 (94.050 contratos) estava em 12,71%, de 12,73% no ajuste de ontem. Nos vencimentos longos, a projeção do DI de janeiro de 2017 (25.895 contratos negociados) cedia de 12,34% para 12,32% ao ano.

A oscilação das taxas curtas esteve restrita ao longo da sessão, refletindo um mercado já posicionado para a elevação da Selic de 10,75% para 11,25% ao ano, que é a aposta majoritária dos players. As apostas em aumento para 11,50% são minoritárias e montadas mais pela oportunidade de ganho do que por convicção. Pesquisa AE Projeções com 64 instituições financeiras mostra que 61 delas preveem elevação da taxa básica em 0,5 ponto. Na curva a termo, segundo cálculo dos operadores, a precificação desta magnitude estava em 87% esta tarde, enquanto a precificação de Selic a 11,50% era de 13%.

Os DIs longos, em queda, prorrogaram o ajuste visto ontem, descarregando parte dos prêmios acumulados em sessões anteriores, quando subiram com força. Sendo este o trecho preferido dos investidores estrangeiros, a percepção é de que a curva longa pode ter ainda sido influenciada pelo desempenho dos títulos norte-americanos. Os preços dos Treasuries estão em alta, com respectiva queda dos juros. Perto das 16 horas, a T-Note de dez anos projetava 3,333%, de 3,362% ontem.

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