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5 ações para continuar a ganhar com o setor de consumo em 2011

Raymond James alerta que agora a seleção de papéis será mais importante do que no início do ano

Marisa possui tanto o componente de crescimento quanto o de valor, apontam analistas (Mário Rodrigues)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2010 às 09h40.

São Paulo – A escolha criteriosa das ações ligadas ao setor de consumo na bolsa brasileira é a saída para os investidores que desejarem manter à exposição ao segmento em 2011 depois da valorização em massa dos ativos vista este ano. O Icon, índice que compila as principais ações do setor, já subiu 21% no ano, enquanto o Ibovespa – o principal da bolsa – avançou apenas 2,3%. Para a equipe de análise da Raymond James, este é o momento para avaliar com cuidado os papéis que ainda possuem potencial de crescimento.

“Apesar de as medidas adotadas pelo Banco Central serem ineficazes para deter os consumidores no Natal, elas irão, sem dúvida, colocar um freio no consumo depois do ano novo”, revela o relatório assinado pelo economista-chefe da Raymond James, Maurício Rosal, e pela equipe de analistas formada por Daniela Bretthauer, Guilherme Assis e Marina Braga. O BC elevou o requerimento de capital dos bancos para a concessão de créditos a pessoas físicas com prazo superior a 24 meses, passando de 11% para 16,5% do valor das operações.
Os setores de varejo e de consumo tiveram a melhor performance setorial em 2010, seguidos pelo de shopping centers, lembram os analistas. Segundo a análise, o desempenho acima do Ibovespa reflete os fundamentos macroeconômicos do Brasil, que continuaram a manter um forte momento de consumo e a acelerar as vendas, EBITDA (geração de caixa) e lucros, que atingiram recordes. “Entretanto, a perspectiva de curto prazo é menos otimista, com os consumidores tendo que enfrentar um cenário menos favorável para o crédito, preços mais altos, e uma condição de emprego menos positiva”, dizem.
“Em nossa visão, a estratégia de stock picking é necessária para conseguir uma performance acima do mercado em 2011”, revela a Raymond James. As principais apostas se concentram em cinco empresas, separadas entre ideias de crescimento e de valor. As ações do Pão de Açúcar (PCAR5) e da M. Dias Branco (MDIA3) negociam com múltiplos atraentes e devem se beneficiar dos preços mais altos dos alimentos. “Entretanto, vemos a M.Dias Branco com um menor risco comparada ao Pão de Açúcar porque não depende do crédito para guiar as vendas, e tem uma baixa alavancagem”, explicam.
Nas sugestões ligadas às projeções de crescimento, a Raymond James destaca os papéis da Multiplus (MPLU3) e da BR Malls (BRML3). “Ambas companhias têm fortes fundamentos, altas taxas de crescimento e alavancagem operacional”, afirma a análise. A recomendação final fica por conta dos ativos da Lojas Marisa (AMAR3). “É a nossa recomendação híbrida, que oferece tanto o componente do crescimento quanto o de valor”, finalizam. Confira a seguir o racional de investimentos da RJ para cada ação:
1. Pão de Açúcar (PCAR5)
Com a recomendação de outperform (desempenho acima da média do mercado), a maior rede varejista do Brasil tem uma indicação baseada nas oportunidades de sinergias e de redução de custos relacionadas à união da Casas Bahia com o Ponto Frio. As estimativas da RJ são conservadoras e estão abaixo do guidance traçado pela administração.O preço-alvo para 2011 é de 91,90 reais.
2. M. Dias Branco (MDIA3)
Além do foco nos consumidores da região Nordeste, a empresa ganha com os incentivos fiscais ao adotar uma estratégia agressiva de expansão de projetos e de aquisições estratégicas. Ademais, a empresa atingiu recentemente os 25% de capital disponível em bolsa para a manutenção da listagem no Novo Mercado. A recomendação é outperform, com um preço-alvo de 65,50 reais.
3. Multiplus (MPLU3)
A companhia ganha com a forte geração de caixa livre, da perspectiva de alta nos juros (nos investimentos), da posição no setor aéreo brasileiro, no boom do uso de cartões de crédito, além de uma generosa política de pagamento de dividendos, ressalta a Raymond James. A recomendação é de outperform, com um preço-alvo de 41,40 reais para o final de 2011.
4. BR Malls (BRML3)

É a empresa mais agressiva na estratégia de fusões e aquisições no setor de shopping centers no Brasil e o portfólio está bem posicionado para servir aos novos consumidores da classe média. Além disso, a disciplinada estrutura de gastos se transforma em um retorno médio acima da indústria. A indicação é de outperform, com um preço-alvo de 20 reais.
5. Marisa (AMAR3)
O formato de lojas flexível da Marisa permite a empresa desfrutar de um crescimento mais acelerado que a concorrência, destaca a Raymod James. Além disso, é a mais bem posicionada para se beneficiar da expansão do consumo da classe média. Apesar disso, a baixa liquidez das ações ainda impede a criação de valor, explica a RJ. A recomendação é outperform, com um preço-alvo de 32 reais.

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São Paulo – A escolha criteriosa das ações ligadas ao setor de consumo na bolsa brasileira é a saída para os investidores que desejarem manter à exposição ao segmento em 2011 depois da valorização em massa dos ativos vista este ano. O Icon, índice que compila as principais ações do setor, já subiu 21% no ano, enquanto o Ibovespa – o principal da bolsa – avançou apenas 2,3%. Para a equipe de análise da Raymond James, este é o momento para avaliar com cuidado os papéis que ainda possuem potencial de crescimento.

“Apesar de as medidas adotadas pelo Banco Central serem ineficazes para deter os consumidores no Natal, elas irão, sem dúvida, colocar um freio no consumo depois do ano novo”, revela o relatório assinado pelo economista-chefe da Raymond James, Maurício Rosal, e pela equipe de analistas formada por Daniela Bretthauer, Guilherme Assis e Marina Braga. O BC elevou o requerimento de capital dos bancos para a concessão de créditos a pessoas físicas com prazo superior a 24 meses, passando de 11% para 16,5% do valor das operações.
Os setores de varejo e de consumo tiveram a melhor performance setorial em 2010, seguidos pelo de shopping centers, lembram os analistas. Segundo a análise, o desempenho acima do Ibovespa reflete os fundamentos macroeconômicos do Brasil, que continuaram a manter um forte momento de consumo e a acelerar as vendas, EBITDA (geração de caixa) e lucros, que atingiram recordes. “Entretanto, a perspectiva de curto prazo é menos otimista, com os consumidores tendo que enfrentar um cenário menos favorável para o crédito, preços mais altos, e uma condição de emprego menos positiva”, dizem.
“Em nossa visão, a estratégia de stock picking é necessária para conseguir uma performance acima do mercado em 2011”, revela a Raymond James. As principais apostas se concentram em cinco empresas, separadas entre ideias de crescimento e de valor. As ações do Pão de Açúcar (PCAR5) e da M. Dias Branco (MDIA3) negociam com múltiplos atraentes e devem se beneficiar dos preços mais altos dos alimentos. “Entretanto, vemos a M.Dias Branco com um menor risco comparada ao Pão de Açúcar porque não depende do crédito para guiar as vendas, e tem uma baixa alavancagem”, explicam.
Nas sugestões ligadas às projeções de crescimento, a Raymond James destaca os papéis da Multiplus (MPLU3) e da BR Malls (BRML3). “Ambas companhias têm fortes fundamentos, altas taxas de crescimento e alavancagem operacional”, afirma a análise. A recomendação final fica por conta dos ativos da Lojas Marisa (AMAR3). “É a nossa recomendação híbrida, que oferece tanto o componente do crescimento quanto o de valor”, finalizam. Confira a seguir o racional de investimentos da RJ para cada ação:
1. Pão de Açúcar (PCAR5)
Com a recomendação de outperform (desempenho acima da média do mercado), a maior rede varejista do Brasil tem uma indicação baseada nas oportunidades de sinergias e de redução de custos relacionadas à união da Casas Bahia com o Ponto Frio. As estimativas da RJ são conservadoras e estão abaixo do guidance traçado pela administração.O preço-alvo para 2011 é de 91,90 reais.
2. M. Dias Branco (MDIA3)
Além do foco nos consumidores da região Nordeste, a empresa ganha com os incentivos fiscais ao adotar uma estratégia agressiva de expansão de projetos e de aquisições estratégicas. Ademais, a empresa atingiu recentemente os 25% de capital disponível em bolsa para a manutenção da listagem no Novo Mercado. A recomendação é outperform, com um preço-alvo de 65,50 reais.
3. Multiplus (MPLU3)
A companhia ganha com a forte geração de caixa livre, da perspectiva de alta nos juros (nos investimentos), da posição no setor aéreo brasileiro, no boom do uso de cartões de crédito, além de uma generosa política de pagamento de dividendos, ressalta a Raymond James. A recomendação é de outperform, com um preço-alvo de 41,40 reais para o final de 2011.
4. BR Malls (BRML3)

É a empresa mais agressiva na estratégia de fusões e aquisições no setor de shopping centers no Brasil e o portfólio está bem posicionado para servir aos novos consumidores da classe média. Além disso, a disciplinada estrutura de gastos se transforma em um retorno médio acima da indústria. A indicação é de outperform, com um preço-alvo de 20 reais.
5. Marisa (AMAR3)
O formato de lojas flexível da Marisa permite a empresa desfrutar de um crescimento mais acelerado que a concorrência, destaca a Raymod James. Além disso, é a mais bem posicionada para se beneficiar da expansão do consumo da classe média. Apesar disso, a baixa liquidez das ações ainda impede a criação de valor, explica a RJ. A recomendação é outperform, com um preço-alvo de 32 reais.
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