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3 razões para passear nos shoppings da Bovespa

JP Morgan aponta motivos para apostar no crescimento do setor; BR Malls é a preferida

Shopping da BR Malls: empresa é a preferida do JP Morgan no setor (foto/Divulgação)

Shopping da BR Malls: empresa é a preferida do JP Morgan no setor (foto/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2012 às 17h02.

São Paulo – Não pelas grandes liquidações, nem por um passeio de final de semana. Os analistas do JP Morgan acreditam que os investidores têm outros motivos para passear pelas ações dos shoppings listados na BM&FBovespa. “Estamos reiterando nossa sugestão de que os investidores deveriam manter exposição ao setor de shoppings, mesmo com os preços que parecem altos”, resume o analista Marcelo Motta em relatório enviado para clientes.

Ele lembra que o setor tem superado o desempenho do Ibovespa desde 2009, com uma performance cumulativa estimada em 150 pontos percentuais acima do índice. Apesar da alta não ser novidade, o analista acredita que o desempenho deve continuar positivo por três motivos principais:

1. Forte Crescimento

O JP Morgan espera que a receita das companhias do setor cresça 34% neste ano e outros 19% em 2013, números impulsionados por uma expansão da área bruta locável (ABL) de 23% neste ano e de 15% no ano que vem.

2. Setor continua ‘barato’ em comparação com pares internacionais

O analista destaca que os preços atuais das ações do setor estão mais próximos ao nível mais baixo do intervalo em que vêm negociando nos últimos dois anos.

3. Cenário macro favorável

“Apesar do baixo crescimento econômico, as vendas no varejo continuam fortes”, lembra o analista. Ele ressalta que o indicador teve um crescimento de 12% em março na comparação com o ano anterior, com destaque para o setor de shoppings centers. Além disso, o analista destaca que a taxa de desemprego permanece baixa.

Quem ganha com isso?

BR Malls (BRML3)

A empresa é a preferida do JP Morgan no setor. A recomendação é de overweight (alocação sugerida acima da média de mercado) e o preço-alvo passou de 24 reais para 26 reais, um potencial de valorização de 18,45% sobre o preço de quarta-feira.


Segundo o analista, a BR Malls continua sendo a mais eficiente do setor, com margens superiores e alto crescimento, o que, segundo o analista, justifica seu preço superior ao dos concorrentes em bolsa.

As principais mudanças na estimativa acontecem com a inclusão das aquisições realizadas no ano passado, de projetos em Contagem (MG), Londrina (PR), Vila Velha (ES) e Guarujá (SP). A estimativa não inclui, porém, o potencial de área bruta locável que será desenvolvido por meio da joint venture entre a BR Malls e a Simon Properties, com foco na atuação em outlets.

Multiplan (MULT3)

Na opinião do analista do JP Morgan, a ação já reflete o cenário positivo esperado e, por isso, a recomendação foi mantida em neutra. Como o preço-alvo de 43 reais já havia sido alcançado, a nova estimativa é de 52 reais, potencial de valorização de 11,34%.

Segundo a analista, entre as ações do setor classificadas como neutras, as da Multiplan são as preferidas, já que há um risco de alta para o papel pois a companhias tem exposição a projetos ‘multiuso’ (mais de um tipo de edifício, com atividades distintas, num mesmo complexo).

Iguatemi (IGTA3)

As ações da Iguatemi tiveram aumento na recomendação do JP Morgan e passaram de neutro para overweight (alocação sugerida acima da média). O preço-alvo caiu de 49 reais para 46 reais. “Apesar do sentimento negativo no curto prazo com o atraso da abertura do JK, acreditamos que, no médio e longo prazos, os fundamentos vão prevalecer”, afirma o analista.

Aliansce (ALSC3)

A Aliansce também teve sua estimativa aumentada de neutro para overweight (alocação sugerida acima da média de mercado) e o preço-alvo subiu de 19 reais para 20 reais. O analista afirma que a empresa tem uma alavancagem um pouco acima da média, mas que esse não deve ser um problema, que tem uma série de opções para reduzi-la.

Sonae Sierra (SSBR3)

A empresa foi a única que recebeu um rebaixamento na recomendação pelo JP Morgan. A classificação recuou de overweight para neutro. O preço-alvo diminuiu de 35 reais para 33 reais. A visão mais conservadora vem com atrasos que aconteceram em projetos, que não ficaram em linha com as primeiras estimativas.

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