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3 fatores por trás do tombo de 18% da Oi nesta segunda

Ação da empresa bateu a mínima de R$ 1,23 hoje. Há dois anos, o papel valia R$ 40. O alto grau de endividamento da companhia tem derrubado a cotação

Fachada da Oi em shopping: ações da empresa derretem na Bolsa (REUTERS/ Nacho Doce)

Anderson Figo

Publicado em 29 de fevereiro de 2016 às 16h17.

São Paulo - Os dias da Oi ( OIBR3 ) na Bolsa não têm sido fáceis. A empresa de telecomunicações viu sua ação cair até 18% apenas nesta segunda-feira (29), para a mínima de R$ 1,23. Há dois anos, o papel valia R$ 40.

Boa parte do tombo é recente: até ontem, a companhia acumulava perda de 31,5% em fevereiro e de 37,5% no ano. A EXAME.com listou abaixo três fatores que têm derrubado o preço da Oi na Bovespa .

Fusão frustrada

A tão esperada fusão entre Oi e TIM ( TIMP3 ) foi por água abaixo. O fundo LetterOne, do bilionário russo Mikhail Fridman, informou na semana passada que não iria mais intermediar a negociação entre as duas companhias.

Segundo a nota enviada pelo LetterOne à Oi, a Telecom Itália (dona da TIM) endereçou uma carta ao fundo dizendo que "não deseja aprofundar negociações a respeito de uma união entre a Oi e a TIM".

O fundo do homem mais rico da Rússia estava disposto a injetar US$ 4 bilhões na Oi, numa operação condicionada à fusão da companhia com a concorrente TIM.

Dívidas em excesso

O endividamento da Oi é alto. A empresa tem contas de R$ 11,5 bilhões que vencem neste ano, mas seu caixa tem algo em torno de R$ 16,5 bilhões. Por esse motivo, é necessária uma injeção de capital.

O analista Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos, disse em relatório que "a situação da Oi voltou a ficar extremamente delicada após o fim da negociação [entre o LetterOne e a dona da TIM], que durou quatro meses".

Segundo ele, a única alternativa que restou à Oi é tentar reestruturar seu endividamento. "Os ativos da empresa devem continuar pressionados", completou.

A agência internacional de notícias Bloomberg afirmou que a Oi contratou assessores para reestruturar sua dívida de R$ 60 bilhões.

Corte de agências

Com cenário nebuloso sobre o futuro da Oi, as agências de classificação de risco Standard & Poor's e Fitch cortaram suas avaliações para a companhia.

A S&P rebaixou a nota de crédito em escala global da empresa de BB- para B+. Já o rating em escala nacional caiu de brA- para brBBB-.

A agência colocou as notas em observação para possível rebaixamento, indicando que ambas poderão sofrer novos cortes nos próximos meses.

Já a Fitch rebaixou o rating de longo prazo em moeda local e estrangeira da Oi de BB para B. Ela também deixou a nota em observação para possível novo rebaixamento.

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São Paulo - Os dias da Oi ( OIBR3 ) na Bolsa não têm sido fáceis. A empresa de telecomunicações viu sua ação cair até 18% apenas nesta segunda-feira (29), para a mínima de R$ 1,23. Há dois anos, o papel valia R$ 40.

Boa parte do tombo é recente: até ontem, a companhia acumulava perda de 31,5% em fevereiro e de 37,5% no ano. A EXAME.com listou abaixo três fatores que têm derrubado o preço da Oi na Bovespa .

Fusão frustrada

A tão esperada fusão entre Oi e TIM ( TIMP3 ) foi por água abaixo. O fundo LetterOne, do bilionário russo Mikhail Fridman, informou na semana passada que não iria mais intermediar a negociação entre as duas companhias.

Segundo a nota enviada pelo LetterOne à Oi, a Telecom Itália (dona da TIM) endereçou uma carta ao fundo dizendo que "não deseja aprofundar negociações a respeito de uma união entre a Oi e a TIM".

O fundo do homem mais rico da Rússia estava disposto a injetar US$ 4 bilhões na Oi, numa operação condicionada à fusão da companhia com a concorrente TIM.

Dívidas em excesso

O endividamento da Oi é alto. A empresa tem contas de R$ 11,5 bilhões que vencem neste ano, mas seu caixa tem algo em torno de R$ 16,5 bilhões. Por esse motivo, é necessária uma injeção de capital.

O analista Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos, disse em relatório que "a situação da Oi voltou a ficar extremamente delicada após o fim da negociação [entre o LetterOne e a dona da TIM], que durou quatro meses".

Segundo ele, a única alternativa que restou à Oi é tentar reestruturar seu endividamento. "Os ativos da empresa devem continuar pressionados", completou.

A agência internacional de notícias Bloomberg afirmou que a Oi contratou assessores para reestruturar sua dívida de R$ 60 bilhões.

Corte de agências

Com cenário nebuloso sobre o futuro da Oi, as agências de classificação de risco Standard & Poor's e Fitch cortaram suas avaliações para a companhia.

A S&P rebaixou a nota de crédito em escala global da empresa de BB- para B+. Já o rating em escala nacional caiu de brA- para brBBB-.

A agência colocou as notas em observação para possível rebaixamento, indicando que ambas poderão sofrer novos cortes nos próximos meses.

Já a Fitch rebaixou o rating de longo prazo em moeda local e estrangeira da Oi de BB para B. Ela também deixou a nota em observação para possível novo rebaixamento.

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