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10 novidades sobre o mercado que você precisa saber

Enquanto vice-presidente Michel Temer solidifica planos para eventual governo, presidente do Senado sinaliza que deve deixar votação para meados de maio


	Renan Calheiros: presidente do Senado já sinalizou que não vai acelerar votação de processo de impeachment, caso ele seja aprovado na Câmara.
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Renan Calheiros: presidente do Senado já sinalizou que não vai acelerar votação de processo de impeachment, caso ele seja aprovado na Câmara. (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2016 às 07h42.

Confira as principais novidades do mercado desta quinta-feira (14):

Temer promete reformas imediatas caso assuma presidência

O vice-presidente Michel Temer informou aliados que, se assumir a presidência, vai promover mudanças nos ministérios e anunciar medidas com rapidez, segundo a Folha de S.Paulo.

As medidas incluem redução no número de ministérios e cargos comissionados, fortalecimento de programas sociais e reforma da previdência para estabelecer uma idade mínima para a aposentadoria.

Se passar na Câmara, impeachment só deve ser votado no Senado em maio

O presidente do Senado, Renan Calheiros, que é responsável por estabelecer o rito do processo de impeachment caso ele seja aprovado na Câmara, sinalizou que vai postergar o caso.

Preocupados, senadores da oposição estão tentando pressionar Calheiros para agilizar o processo. Aécio Neves confirmou que chegou a conversar com ele sobre a questão do rito do impeachment.

Confiantes em impeachment, empresas saem do dólar

Depois dos fundos de investimento e dos bancos, é a vez das empresas desmontarem suas apostas na valorização do dólar, um reflexo do otimismo com o futuro da economia.

Segundo o Valor Econômico, só na terça-feira, empresas não-financeiras venderam o equivalente a US$ 2,6 bilhões em ativos cambiais, que funcionam como uma proteção contra quedas bruscas da moeda.

BC atua no mercado em movimento contra alta do dólar

Pelo segundo dia seguido, o Banco Central atuou pesadamente com leilões de swap cambial reverso, que equivalem à compra de dólar futuro. Nesses dois últimos dias, após a Comissão da Câmara aprovar o relatório de impeachment, o BC comprou o equivalente a US$ 11,14 bilhões.

Desde início de março o BC já reduziu sua posição em swaps em US$ 20 bilhões.

Com os leilões do BC, o dólar se estabilizou pouco acima de R$ 3,50, após cair mais de 5% na sexta e na segunda com as apostas em impeachment da presidente. Mantido o entusiasmo com a mudança política, o BC ainda poderá ter de comprar muito.

Belo Monte quer obrigar Eletrobras a comprar excesso de energia

O consórcio de Belo Monte está estudando formas de forçar a Eletrobras a comprar o excesso de energia da usina, o que pode custar cerca de R$ 1,2 bilhão por ano à estatal.

De acordo com a Folha de S.Paulo, a Norte Energia e a Eletrobras já têm um contrato nestes moldes, só que ele não vale após o início da operação comercial da hidrelétrica.

O BNDES está pressionando o consórcio para encontrar uma destinação para a energia extra que será produzida, segurando a liberação de R$ 2 bilhões do financiamento por achar que Belo Monte pode não se sustentar sozinha.

Presidente da CPFL vai deixar cargo em julho

Wilson Ferreira Jr, presidente da CPFL Energia há 16 anos, vai deixar o cargo em julho e será substituído pelo atual presidente da CPFL Renováveis, Andre Dorf.

Segundo o Valor Econômico, os dois executivos vão trabalhar juntos até a saída de Ferreira, em um programa de transição.

Kroton mira expansão fora do Sul e Sudeste, diz diretor

A Kroton Educacional foca seus planos de expansão nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com a aprovação de instalação de novas instituições de ensino privado presencial pelo governo federal combinada a uma estratégia de aquisições.

O maior apetite da companhia na frente de aquisições é por empresas de médio e grande portes, com pelo menos 5 mil alunos, mas a Kroton também considera ativos menores, junto a um crescimento orgânico acelerado, afirmou o diretor de relações com investidores da empresa, Carlos Lazar.

Lançamentos da Even somam R$ 101 mi no primeiro trimestre

A construtora e incorporadora Even registrou um volume de lançamentos de R$ 101 milhões no primeiro trimestre de 2016, considerando o Valor Geral de Vendas (VGV) da participação da companhia nos empreendimentos, excluindo a fatia de parceiros, segundo prévia operacional divulgada nesta quarta-feira, 13.

O resultado dos três primeiros meses do ano corresponde a uma queda de 77,8% frente aos R$ 457 milhões do quarto trimestre de 2015. Vale mencionar que em igual período do ano passado a Even não lançou novos projetos.

Bovespa fecha na máxima em quase 10 meses

A Bovespa fechou com o seu principal índice em alta nesta quarta-feira, acima dos 53 mil pontos pela primeira vez em nove meses, conforme agentes financeiros seguiram antecipando o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O quadro externo favorável endossou a trajetória positiva no pregão brasileiro, em sessão também marcada pelo vencimento do contrato futuro do Ibovespa mais curto e de opções sobre o índice à vista.

O Ibovespa subiu 2,21 por cento, a 53.149 pontos.

BlackRock e Fidelity discordam sobre bolsa pós-Dilma

Nos últimos cinco anos, a tarefa de administrar fundos de ações latino-americanas foi o pior trabalho em Wall Street, com prejuízos de mais de 10 por cento ao ano.

Neste ano, esses fundos estão desfrutando de uma muito aguardada recuperação com ralis no mercado brasileiro, mas seus gerentes divergem sobre a longevidade dessa recuperação e sobre como aproveitá-la. William Landers, cujo BlackRock Latin America Fund, de US$ 170 milhões, subiu 17 por cento em 2016 até 12 de abril, está entre os que apostam que a saída da presidente Dilma Rousseff levará a uma melhora no clima de negócios que sustenta altas cotações.

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