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Para expandir atuação no Brasil, Moss recebe aporte de US$ 1,8 milhão

Nova rodada avalia a empresa pioneira em tokenização de carbono em R$ 55 milhões

A Moss, plataforma de comercialização de créditos de carbono para pessoas físicas, agora vale R$ 55 milhões (Alexandros Maragos/Getty Images)

A Moss, plataforma de comercialização de créditos de carbono para pessoas físicas, agora vale R$ 55 milhões (Alexandros Maragos/Getty Images)

A Moss, plataforma de créditos de carbono para pessoas físicas, acaba de anunciar a captação de 1,8 milhão de dólares em uma rodada de investimento liderada pela The Craftory, investidora do mercado de Venture Capital. A nova rodada, que é uma extensão à feita em junho, estabelece o valor da empresa em 55 milhões de reais.

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No aporte recebido há 5 meses, a Moss levantou 1,6 milhão de dólares. O valor foi usado como garantia para fazer o  travamento de 20 milhões de toneladas de créditos de carbono para os próximos dois anos. Travamento significa bloquear uma quantidade mínima de créditos de carbono, que ainda será gerado por indústrias, empresas e pessoas. Esse processo ocorre por meio de um acordo de compra mínima garantida.

Para além de "travar" o mercado de compra e venda de crédito de carbono, a Moss tem investido em tecnologias para tornar essas transações mais seguras. Há cinco meses, a Moss “tokenizou” os créditos, ou seja, criptografou-os e os inseriu em uma cadeia de blockchain - processo similar ao que é feito com a moeda digital Bitcoin.

Segundo Luis Felipe Adaime, fundador da Moss, o objetivo é trazer mais segurança e evitar problemas comuns ao mercado de carbono, como fraude e falta de transparência. “Hoje, quando uma pessoa tenta compensar a sua emissão de carbono, ela recebe um arquivo em PDF com um certificado de registro. Não há como saber se de fato a empresa compensou aquilo e se foi realmente destinado para o projeto desejado”, diz.

No entanto, os gastos com os pareceres legais para tal prática exigiram uma nova captação. “Gastamos muito dinheiro em pareceres legais no Brasil, Suíça e Europa para termos esse respaldo legal para não só vendemos crédito de carbono, mas vendermos de forma criptografada”, diz.

A Moss surgiu em março deste ano e, em com apenas três meses de existência, vendeu cerca de 400.000 toneladas, valor que supera o que a Natura, maior compradora de créditos de carbono no país, compra anualmente.

O valor milionário também servirá, segundo Adaime, para a internacionalização da empresa. A Moss deseja ser listada em bolsas no exterior, além de estabelecer novas estratégias de marketing no Brasil. Somados aos custos de listagem, a empresa estima gastar cerca de 1 milhão de dólares com as ações de marketing. A plataforma também está nos últimos passos da negociação com o Paypal para ofertar a compra dos tokens em todo o mundo.

O mercado global de carbono

O mercado global voluntário de carbono é de 100 milhões de toneladas. Nele, os créditos são livremente negociados entre empresas ou países que desejam neutralizar suas emissões relativas ao ano anterior, convertendo esses créditos em ativos para projetos ambientais de todo o mundo. No caso da Moss, pessoas físicas podem comprar ativos associados a projetos certificados internacionalmente, a maioria deles na Amazônia.

Apesar de ter emitido cerca de 5 milhões em créditos de carbono em 2019, o Brasil não possui um mercado regulado - as negociações acontecem em mercado paralelo. A criação de um mercado regulado no país é uma das tratativas do Acordo de Paris.

A Moss se aproxima de finalizar o ano com quase 1 milhão de toneladas de créditos de carbono negociadas. A previsão para os próximos anos é que a venda de toneladas aumente em cinco vezes. “Queremos fomentar o crédito de carbono como uma nova classe de ativos”, diz Adaime. “Acreditamos que já encontramos a fórmula de criação da empresa. Agora, queremos alavancar a Moss, e para isso precisamos”, diz.

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