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De olho em avanço digital, Forpus lança fundo dedicado ao setor de tecnologia

Fundo vai investir em ações de empresas brasileiras na B3 e no exterior e em estrangeiras com atuação no país, com a tecnologia e a digitalização como tese principal

Escritório da Locaweb: uma das empresas de tecnologia que podem, em tese, entrar na carteira de fundos dedicados ao setor (Omar Paixão/Exame)

Escritório da Locaweb: uma das empresas de tecnologia que podem, em tese, entrar na carteira de fundos dedicados ao setor (Omar Paixão/Exame)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2021 às 06h50.

Última atualização em 2 de março de 2021 às 10h40.

É verdade que o investimento em companhias de tecnologia costuma levantar discussões em relação ao quão caro ou barato é apostar em um setor que já colheu estrondosa valorização nos últimos anos. No entanto, se alguém tinha dúvida de que esse é o tema da era, já pode baixar a guarda.

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O interesse em sair na frente do que parece ser uma revolução digital ganhou mais um adepto na indústria de fundos: a Forpus Capital, que lança neste mês o fundo temático Forpus Tech FIA BDR. O investimento inicial no produto é relativamente baixo, de 5.000 reais, com movimentação adicional de 1.000 reais, mas é voltado apenas a investidores qualificados (com pelo menos 1 milhão de reais em investimentos).

A escolha de um público-alvo mais restrito respeita as próprias regras da regulação brasileira, que impede uma concentração acima de 20% do patrimônio líquido em investimentos fora do Brasil – onde estão justamente as mais vastas opções voltadas ao setor de tecnologia.

O produto da Forpus, seguindo uma expertise da própria casa, vai alocar em ações brasileiras, principalmente, mas também irá privilegiar companhias brasileiras negociadas fora do Brasil ou empresas estrangeiras cujo mercado de atuação principal seja o brasileiro, como Mercado Livre, por exemplo.

“Com a expansão do setor de tecnologia e o crescimento das oportunidades dentro dele, já tínhamos interesse em oferecer algo nessa linha para as pessoas. Por isso, decidimos reforçar nosso time de analistas e colocar esse produto para rodar”, afirma Luiz Nunes, um dos sócios da casa, referindo-se à contratação de Francisco Aguiar para conduzir a área de análise do setor.

Formado em administração de empresas pela FGV, Aguiar atuou nas áreas de fusões e aquisições e também relações com investidores da Sinqia (SQIA3), uma das expoentes no segmento tecnológico da B3.

Criada em 2014, a Forpus se dedica a localizar as melhores oportunidades na bolsa via abordagem top down, ou seja, com definição de cenários macroeconômicos para, na sequência, localizar setores e empresas de melhor relação entre risco e retorno.

Mesmo com esse DNA macro, a gestora decidiu se movimentar para entrar em uma tendência já explorada por outras grandes casas. Em janeiro deste ano, a Constellation Asset, do renomado gestor Florian Bartunek, lançou o Constellation Inovação FIA BDR Nível 1, fundo dedicado ao investimento nas companhias revolucionárias dos seus segmentos – grupo que pode ser sinônimo ou não de companhias de tecnologia.

No caso do produto da Forpus, o investimento também pode chegar a empresas que não sejam diretamente do setor, mas o objetivo é sempre investir naquelas que se beneficiem, direta ou indiretamente, do uso intensivo da digitalização e da economia descentralizada.

O prazo para conversão e pagamento dos resgates no novo fundo é de 32 dias. A taxa de administração foi firmada em 2% ao ano, com cobrança de performance de 20% sobre o que superar o Ibovespa, benchmark escolhido por causa do enfoque nacional do produto.

*Juliana Machado é jornalista de formação e especialista em fundos de investimento da EXAME Invest Pro.

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